O
decreto de isolamento social para conter a contaminação pelo novo coronavírus
foi prorrogado mais uma vez no Ceará, até 31 de maio. O anúncio foi feito pelo
governador Camilo Santana e pelo prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, na
última quarta-feira (20). Durante a transmissão ao vivo pelas redes sociais,
eles confirmaram que o lockdown na Capital vai até o fim deste mês.
Apesar
da continuidade do decreto, o Sistema Verdes Mares teve acesso a detalhes do
plano de retomada da economia para o Estado. Na primeira fase do projeto, 12
cadeias produtivas devem voltar às atividades, com o retorno de 19,9% da força
de trabalho destes setores.
O
governador ainda disse que a reabertura da economia dependerá da melhora no
número de casos e só acontecerá após recomendações dos especialistas da área
médica. Contudo, Camilo afirmou que a expectativa é de que o plano de retomada
da economia possa entrar em vigor em junho.
Retomada
Segundo
fonte que repassou os detalhes sobre a primeira fase do plano de retomada, está
previsto o retorno ao trabalho de cerca de 43,2 mil trabalhadores de 12 cadeias
produtivas. Com percentuais de liberação que variam de 1,3% a 40%, o
planejamento ainda não tem data para começar a ser posto em prática e depende
da melhora dos índices de contaminação, internação e óbitos pelo novo
coronavírus.
Dos
setores que possuirão a parcela máxima de liberação no Estado estão preparação,
fabricação, e comercialização de artigos de couro e calçados (10,4 mil
empregos), geração, transmissão e distribuição de energia elétrica (962
empregos), fabricação, confecção e comercialização de produtos têxteis e roupas
(14,3 mil empregos), e a cadeia moveleira (2,7 mil empregos).
Também
terão partes significativas de seus efetivos autorizados a trabalhar a
indústria química, metalmecânica e correlatos, com 38,8% de liberação,
correspondendo a 1,7 mil empregos; agropecuária (37,1% ou 135 empregos);
construção civil (36,3% ou 11,5 mil empregos); e saneamento básico e reciclagem
(30,1% ou 121 empregos).
Ainda
estão entre as atividades que irão retomar os trabalhos na primeira fase os
setores de artigos do lar (22,5% ou 522 empregos), tecnologia da informação e
comunicação (16,2% ou 455 empregos), comunicação, publicidade, editoração e
imprensa (14,4% ou 151 empregos) e serviços de apoio às empresas e famílias
(1,3% ou 12 empregos).
A VOZ DE SANTA QUITÉRIA