No
diálogo com a deputada federal Carla Zambeli (PSL-SP), o ex-ministro e ex-juiz
da lava-jato, foi ríspido. A parlamentar é casada com o cearense Aginaldo
Oliveira, coronel da PM do Ceará e comandante da Força Nacional de Segurança.
No
diálogo, Carla implora a Moro que aceite a indicação de Alexandre Ramagem,
atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), feita pelo
presidente Bolsonaro, para o comando da Polícia Federal. Em seguida, a deputada
sugere que Moro vá ao STF em setembro (em referência à abertura de uma das
vagas do Supremo) e promete ela mesma convencer Bolsonaro a
indicá-lo.
Após
a súplica, Moro responde apenas o seguinte: "não estou a venda".
O
diálogo no momento de tensão nem de longe lembra a troca de afagos
ocorrida no casamento de Zambelli e Aginaldo, do qual Moro e a esposa
Rosângela foram padrinhos, em fevereiro deste ano.
Na
ocasião, Moro elogiou a "coragem" dela e disse que a deputada merecia
uma "medalha honraria de caveira, da tropa especial. Fica minha
homenagem", concluiu. A deputada, que agora teve uma conversa privada
divulgada em rede nacional, chorou. Os dois casais dançaram ao som de "la
vie en rose".
Diário do Nordeste