Com
comércio e indústria fechados e a queda brutal da arrecadação de ICMS e de
outros impostos, por conta das medidas de isolamento social contra o coronavírus,
o governo do Ceará montou um plano de contingenciamento de gastos,
e uma das medidas adotadas foi o corte de verba na Segurança Pública.
Com
a decisão de reduzir a cota de combustíveis pela metade na Segurança Pública,
pátios e estacionamentos de quartéis e de delegacias das polícias Militar e
Civil estão repletos de viaturas paradas. A ordem é evitar gastos e o
policiamento da Capital e sua Região Metropolitana está comprometido.
O
número de patrulhas em circulação foi reduzido pela metade em todas as 22 Áreas
Integradas de Segurança (AIS) do estado. A exceção são os Comando
Especializada de Policiamento de Choque e o de Rondas de Ações Intensivas e
Ostensivas (CPRAio).
A
redução de gastos de combustíveis atinge também as viaturas do Corpo de Bombeiros
Militar e as aeronaves da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas
(Ciopaer). Os deslocamentos dos helicópteros, por exemplo, só devem aconteceu
em casos considerados de “altíssima prioridade” e, ainda assim, com autorização
direta da SSPDS e não apenas da Coordenadoria Integrada de Operações de
Segurança (Ciops).
No
âmbito da Polícia Civil, foram determinados cortes de gastos em água, energia
elétrica, materiais de cartório e, principalmente, de combustíveis. Cada
delegacia deve permanecer com apenas uma viatura (ostensiva) em operação.
Inspetores e delegados devolveram as chaves das viaturas descaracterizadas,
segundo fontes da instituição. Também foram cortadas gratificações como diárias
de viagem e premiações por apreensão de armas e munições. Outro corte atingiu
as aulas (suspensas) de cursos na Academia Estadual de Segurança Pública
(Aesp).
Fernando
Ribeiro