De
acordo com uma parente de vítima, que terá a identidade preservada, a mulher só
realiza o saque do auxílio para moradores do distrito mediante a condição de
parte do pagamento ficar como valor em compras no mercadinho. A dona ainda
tiraria, segundo o relato, diferentes valores dependendo se o benefício for
individual ou para mães chefes de família.
Segundo
a fonte, a dona do mercadinho "confisca" R$ 100 do auxílio de R$ 600
e R$ 200 do pagamento de R$ 1.200. "O dinheiro, segundo ela, era para as
pessoas consumirem no mercadinho dela. Tem muita gente revoltada, porque lá é
um povoado de maioria de pessoas sem estudo e agricultores. Se a pessoa não
aceitar, ela não saca o dinheiro", afirma a denunciante. A dona alega
ainda ter feito "um acordo com a Caixa" para legitimar a retenção do
dinheiro.
O
POVO solicitou posicionamento à Caixa Econômica Federal. O banco afirmou que já
iniciou apuração sobre o caso. "Caso seja confirmada a prática descrita,
que é ilegal, o estabelecimento poderá receber as penalidades
descritas".
O
ponto onde os saques são realizados é a única maneira de os moradores retirarem
não só o auxílio emergencial, dado como meio de se manter durante a pandemia do
novo coronavírus, mas todos os benefícios de correntistas da Caixa, além de
pagamentos de contas. A agência bancária mais próxima fica na sede do município
de Tianguá. "Muita gente não tem como pegar transporte e ir para
Tianguá", afirma a denunciante, que mora na sede, mas tem parentes no
distrito de Arapá.
Boletim
de Ocorrência (B.O) foi registrado na última segunda-feira, 20. Por nota, a
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS), afirmou que
a Polícia realiza oitivas no intuito de investigar a denúncia.
O
POVO Online