Três
dos onze detentos do Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco
Damasceno Weyne (Cepis) que adoeceram com sintomas semelhantes permanecem
internados no Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ), em Fortaleza,
nesta quinta-feira (12). Os outros oito pacientes foram liberados na
terça-feira (10) e já voltaram para o Centro de Execução Penal.
Na
última sexta-feira (6), funcionários da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa)
registraram mais de 30 detentos do Cepis, localizado no município de Itaitinga,
com manifestação de sintomas infecciosos. Onze deles foram encaminhados para
tratamento no HSJ, na capital. Os internos foram diagnosticados com anemia e
estavam com lesões na pele - alguns indicaram ferimentos nas gengivas.
De
acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o quadro de saúde
dos três detentos internados é estável. A Pasta informou também que a causa da
doença ainda não foi identificada.
Questionada
sobre a situação dos internos que não foram encaminhados para o Hospital São
José, a SAP não respondeu até a publicação deste texto.
Detentos
em observação
Um
dos funcionários do Hospital São José, que esteve em contato com os pacientes,
informou que, apesar de a causa não ter sido apontada, os internos que chegaram
à unidade manifestaram deficiência de vitaminas C e D. Ainda segundo o
funcionário, a doença não parece ser transmissível e pode estar ligada fatores
nutricionais.
Quando
o caso veio à tona, a SAP detalhou que todos os internos e internas do sistema
prisional cearense possuem quatro refeições diárias, com cardápio elaborado por
nutricionistas e fiscalizados por equipes de controle interno.
O
banho de sol, acrescentou a SAP, “é cumprido com regularidade e rotina, assim
como prevê a Lei de Execução Penal. Além disso, a Secretaria comunica que
disponibiliza, com suas equipes próprias, uma média de 6 mil atendimentos
médicos mensais em todo o sistema prisional do Estado”.