O sacerdote assegura que na Igreja de Fátima essas
orientações são acatadas "de modo tranquilo". A preocupação,
ressalta, é com a saúde dos fiéis. No cotidiano, durante missas lotadas, a
Igreja chega a abrigar entre 300 e 900 pessoas. A reportagem acompanhou uma
celebração, na última quarta-feira (4), e confirmou que as medidas estão sendo
cumpridas pelos religiosos, que evitaram contatos físicos durante toda a missa.
Já
na Paróquia São Vicente de Paulo, medidas de prevenção eram hábitos mesmo antes
do coronavírus, segundo a assistente financeira da paróquia, Olívia Aguiar. No
ambiente, estão distribuídos pontos de álcool gel e, nos banheiros, sempre há
sabão e toalhas limpas. Durante a realização das missas, afirma que é evitado
realizar contatos físicos, seja no momento das orações ou no "Abraço da
Paz".
"Todas
essas medidas já eram hábito. Por causa desse vírus, o Padre Raimundo Neto
reforçou a parte da paz, para evitar pegar na mão do outro. Evitar. Não é uma
regra, nem obrigatório, porque aqui ele não impõe nada, só dá os
conselhos", afirma Olívia.
Da mesma maneira, a Igreja São Gerardo, localizada
na Avenida Bezerra de Menezes, tem tomado providências de prevenção antes da
suspeita do vírus. De acordo com informe da secretaria, "desde o surto de
H1N1 em Fortaleza, já não tem mais contato entre os fiéis. Eles não dão as mãos
em nenhum momento e o padre procura não dar a hóstia diretamente na boca".
ORIENTAÇÃO
Segundo
o padre Ivan de Souza, o arcebispo Dom José Antônio ainda não deu nenhuma
orientação a respeito das medidas de prevenção e cabe às paróquias tomarem as
providências. No caso da Catedral de Fortaleza, por exemplo, assim como na
Igreja do Rosário, localizadas no Centro, o padre Clairton Alexandre, pároco da
catedral e responsável pelas duas unidades, afirmou que "ainda não foi
adotada nenhuma medida".
O
frei Francisco Edson, da paróquia Nossa Senhora das Dores, localizada na Av.
Bezerra de Menezes, disse que "nenhuma medida preventiva (sobre o
coronavírus) foi tomada ainda, porque estamos esperando o direcionamento da
Arquidiocese". Contudo, o franciscano acredita que as orientações serão
para, justamente, evitar o contato físico direto entre os fiéis.
Para
a aposentada Luisa Cruz de Oliveira, 62, frequentadora do Santuário Sagrado
Coração de Jesus, qualquer medida de precaução deve ser bem-vinda e vista com
olhos de aceitação por parte dos fiéis. "Seja lá em qual ambiente for,
toda medida preventiva é positiva", assegura a idosa, que seguirá a
rotina, apesar do aumento de suspeita nos casos de coronavírus.