Após reunião com uma comitiva de senadores na noite desta quinta-feira (20), PMs amotinados no 18º Batalhão decidiram continuar com a paralisação no Ceará e recusar a proposta do governo do estado.
Os
representantes dos policiais tomaram a decisão após o representante da
categoria, o ex-deputado federal Cabo Sabino, informar as propostas do governo.
Cabo
Sabino interroga os amontinados explicando que "quem comanda amanhã é o
Exército Brasileiro. Diante disso, eu pergunto a categoria, qual a
decisão?". Os PMs responderam com gritos de "eu não vou
embora", mostrando que não aceitariam a trégua.
Reunião entre
Camilo e senadores
Horas
antes da negativa dos PMs, o governador do Ceará, Camilo Santana, recebeu a comissão de
senadores formada por Eduardo Girão (Podemos/CE), Elmano Férrer
(PR/PI) e Major Olímpio (PSL/SP). Camilo buscava uma tentativa de negociar
o fim do motim policial que ocorre desde terça-feira (20) no Estado.
Alguns policiais militares se dizem insatisfeitos com a proposta de reajuste
salarial do governo.
Três
policiais foram presos e mais de 300 são investigados por
"vandalismo" e "motim", segunda a Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social.
Forças Armadas
Jair
Bolsonaro classificou como "guerra urbana" a situação no Ceará e
afirmou que "o bicho vai pegar" com a chegada dos militares ao estado para auxiliar no reforço à
segurança pública. As declarações foram dadas em transmissão ao vivo em
rede social, nesta quinta-feira (20).
"Isso
é coisa de responsabilidade, coisa séria. Se estamos em guerra urbana, temos
que mandar gente para lá para resolver esse problema", disse Bolsonaro.
Diario do Nordeste