Já
são 230 policiais militares das fileiras do Estado afastados por participação
no motim iniciado na última terça-feira (18). Em edição do Diário Oficial do
Estado (DOE) publicada neste domingo (23), outros 62 nomes se juntam aos 168 que já
haviam sido afastados na sexta-feira (21).
Conforme
o DOE, instaração de Processos Administrativos Disciplinares (PADs)
pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD) foram contra 61 agentes por
"deserção especial", e um por "estimular a paralisação nas redes
sociais". Neste domingo, o Estado divulgou as prisões de
mais de 30 PMs por deserção.
Segundo
o Diário Oficial, os PMs respondem por participação em "condutas
transgressivas" e "incapacidade de participação nos quadros da
Polícia Militar".
Os
afastamentos são preventivos com duração de 120 dias. Contudo, os policiais já
estão foram da folha de pagamento a partir deste mês de fevereiro.
Os
profissionais afastados devem entregar a identificação funcional, distintivo,
armas, algemas e qualquer outro elemento que os caracterizem. Eles também terão
descontos nos salários já aplicados. Conforme o DOE, há outros procedimentos
ainda em andamento, abertos pela Polícia Militar em forma de Inquéritos Policiais
Militares (IPMs), remetidos à CGD.
Entenda
o caso
O
motim de parte dos PMs ocorre desde o final da tarde da última terça (18). No
dia seguinte, o senador licenciado e ex-governador Cid Gomes chegou a ser atingindo por 2 tiros de
armas de fogo em grande tumulto em Sobral. Em meio a
policiais amotinados, há a presença de 2,5 mil soldados do Exército Brasileiro no Ceará
reforçando a segurança nas ruas do Estado, além de 150
agentes da Força Nacional que estão na região para conter a crise na segurança
pública.
Essas
medidas estão dentro da Operação de Garantia da Lei e da Ordem
(GLO) decretada pelo presidente Jair Bolsonaro na
última quinta (20).
Diario do Nordeste