Mudança
deve ampliar leque de ofertas dos bancos digitais sem redes físicas de
atendimento e, consequentemente estimular a concorrência
O Banco Central aprovou medida nesta
quinta-feira, 1, para que clientes de bancos possam usar boletos bancários para
fazer depósitos em suas contas, numa mudança que poderá ampliar o leque de
ofertas dos bancos digitais sem redes físicas de atendimento, num incentivo à maior
concorrência.
Na
prática, um cliente de banco que more em uma cidade sem agência bancária ou
rede 24 horas, por exemplo, poderá utilizar um boleto bancário, emitido em seu
nome, para fazer depósito na instituição. Para isso, basta pagar o boleto.
Em
geral, esse tipo de aporte nos bancos digitais só era possível por meio de
transferências via TED e DOC. Mas algumas instituições, como o Nubank, já permitiam depósito com geração de
boletos.
Segundo
o Banco Central, a circular institucionaliza uma prática que já é adotada por
algumas instituições.
Em
nota, o BC esclareceu que, para que o depósito possa ser feito, o boleto terá
que ser emitido em nome do titular da conta e só poderá ser pago em benefício
dele.
A
autarquia destacou que o sistema financeiro vem registrando o aumento da oferta
de produtos financeiros por novos integrantes, como instituições de pagamento,
Sociedades de Crédito Direto e os bancos digitais.
“O
boleto é um instrumento interbancário de ampla aceitação, que possibilita
depósitos ou aportes em contas com flexibilidade de utilização, aceitando
inclusive pagamentos em espécie”, registrou o BC na nota. “Dessa forma, poderá
atender clientes de instituições que não possuem redes físicas de atendimento
(bancos digitais) e pessoas que não têm contas de depósito.”
De
acordo com o BC, “o Sistema Financeiro Nacional (SFN) vem registrando o aumento
da oferta de produtos financeiros por novos integrantes, tais como instituições
de pagamento, Sociedades de Crédito Direto (SCD), Sociedade de Empréstimo entre
Pessoas (SEP) e os bancos digitais”. “A mudança feita pelo BC está em linha com
a diretriz de assegurar a ampla concorrência, a interoperabilidade e o acesso
não discriminatório aos serviços e às infraestruturas necessárias ao
funcionamento dos arranjos de pagamento”, acrescentou a instituição.
Exame