Retiradas
superaram depósitos em R$ 2,88 bilhões
Os
brasileiros voltaram a retirar dinheiro da poupança em abril. No mês passado,
os saques superaram os depósitos em R$ 2,88 bilhões, informou hoje (7) o Banco
Central. Essa foi a maior retirada líquida da caderneta para meses de abril
desde 2016 (-R$ 8,25 bilhões).
Com
o resultado de abril, a caderneta de poupança registrou saques líquidos de R$
16,28 bilhões no primeiro quadrimestre. No mesmo período do ano passado, as
retiradas líquidas tinham somado R$ 694,4 milhões.
Até
2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança. Naquele
ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão
econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta
para cobrirem dívidas, num cenário de queda da renda e de aumento de
desemprego.
Em
2015, R$ 53,57 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da
história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. A
tendência inverteu-se em 2017, quando as captações excederam as retiradas em R$
17,12 bilhões, e em 2018 (captação líquida de R$ 38,26 bilhões).
Com
rendimento de 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia), a poupança está se
tornando menos atrativa porque os juros básicos estão no menor nível da
história, em 6,5% ao ano. Nos últimos meses, o investimento não tem conseguido
garantir rendimentos acima da inflação.
Nos
12 meses terminados em abril, a poupança rendeu 4,16%. O Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA)-15, que funciona como uma prévia da inflação oficial,
acumula 4,71% no mesmo período. No dia 10 (sexta-feira), o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o IPCA cheio de abril.
Com Informações da Agência Brasil