O
governo do Amazonas informou que foram encontrados, nesta segunda-feira (27),
42 detentos mortos. De acordo com a secretaria estadual de Administração
Penitenciária (Seap), as mortes ocorreram no Instituto Penal Antônio Trindade
(Ipat), no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1), no Complexo
Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e na Unidade Prisional do Puraquequara
(UPP), todos localizados em Manaus (AM). Os corpos apresentavam indícios de
morte por asfixia.
As
mortes ocorrem um dia após 15 detentos do Compaj terem sido assassinados. Ao todo, o
número de mortos no sistema prisional chega a 57.
Por
meio de nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública disse que enviará uma
Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) para atuar no complexo
penitenciário. Segundo o comunicado da pasta, o Departamento Penitenciário
Nacional (Depen) aguarda a formalização do pedido, mas já está tomando as
providências para o deslocamento da equipe. O governo do Amazonas informou que
já oficializou a solicitação de atuação de uma equipe de intervenção prisional
para o estado.
Mortes
Em
nota divulgada nesse domingo (26), a Seap informou que as mortes ocorreram
durante uma “briga entre presos” dos pavilhões 3 e 5, e que, após o acionamento
do Batalhão de Choque da Polícia Militar, a situação no Compaj estava sob
controle. Nenhuma fuga foi registrada e nenhum agente penitenciário foi ferido
durante o tumulto de ontem. A briga começou durante o horário de visitação.
Segundo
governo do estado, a Seap iniciou investigações para identificar os
responsáveis pela ocorrência de domingo. As mesmas medidas serão tomadas em
relação às mortes registradas nesta segunda-feira. Os resultados destas
apurações serão encaminhados à Justiça. A secretaria também vai adotar medidas
disciplinares nos presídios, a exemplo do que fez no Compaj.
O
Ministério da Justiça informou que alguns presos serão transferidos para
penitenciárias federais.
Agência
Brasil