Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
A companhia aérea Azul informou, hoje (13),
que protocolou na Justiça uma nova proposta para comprar parte das operações da
Avianca Brasil, empresa que passa por recuperação judicial e cancelou diversos
voos no último mês.
Em
nota, a empresa informou que requereu junto ao juízo da 1ª Vara de Falências e
Recuperação Judicial de São Paulo, onde se processa a recuperação judicial da
Avianca Brasil, uma autorização específica para a compra de uma "nova
Unidade Produtiva Isolada (Nova UPI)", espécie de empresa que seria criada
a partir do desmembramento da Avianca, no valor mínimo de US$ 145 milhões.
A
proposta é maior do que a ofertada em março, quando a Azul ofereceu US$ 105 milhões para a compra de parte
das operações da Avianca Brasil. A oferta da Azul prevê a compra de 21
slots (autorizações de pouso e decolagem), que a Avianca detém atualmente no
Aeroporto de Congonhas; 14, no Santos Dumont, e 7 no aeroporto de Brasília.
"A
Azul acredita que o pedido formulado ao juízo da RJ para alienação judicial da
Nova UPI confere à Avianca Brasil, seus empregados, consumidores, credores e
demais interessados uma alternativa legal e legítima para viabilizar a
monetização, o uso continuado de bens e a preservação de atividades, as quais
correm grave risco de paralisação e rápida deterioração das atividades da
companhia, no melhor interesse do mercado de aviação e todos os
envolvidos", disse a empresa em comunicado ao mercado.
A
empresa aérea justificou o pedido de compra com o argumento de que a medida
oferece uma alternativa para aumentar a competitividade na ponte aérea Rio-São
Paulo. A Azul disse ainda que a proposta de nova UPI "não invalida o
procedimento de alienação judicial das 7 unidades produtivas isoladas",
previstos para ser leiloados na semana passada.
O
leilão, que deveria ter acontecido na última terça-feira (7), foi suspenso pela Justiça de São Paulo a pedido da Swissport Brasil,
empresa que atua com serviços de logística em aeroportos. A Swissport
argumentou, no pedido, que a transferência de slots, prevista no plano de
recuperação da Avianca, é proibida por lei. A Avianca recorreu da suspensão,
defendendo a legalidade de seu plano de recuperação.
"A
alienação de UPIs, com a destinação dos recursos recebidos para o pagamento de
credores, é inequivocamente um meio legítimo de recuperação", disse a
empresa no recurso.
Agência Brasil