O
governo da Itália enviou carta ao presidente Michel Temeragradecendo-o pela decisão de mandar
extraditar Cesare Battisti. Temer assinou ontem (14) a extradição de Battisti,
condenado à prisão perpétua em seu país por quatro homicídios cometidos nos
anos 1970, quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo.
“Senhor
presidente, quero expressar meu mais sincero agradecimento pela decisão de
Vossa Excelência sobre o caso do cidadão italiano Cesare Battisti,
definitivamente condenado pela Justiça italiana por crimes gravíssimos e que
até hoje se subtraiu à execução das relativas sentenças”, diz a mensagem,
assinada pelo presidente italiano Sergio Mattarella.
“Seu
gesto constitui um testemunho significativo da amizade antiga e sólida entre o
Brasil e a Itália e atesta a sensibilidade em relação a um caso complexo e
delicado, que desperta sentimentos de intensa participação na opinião pública
de nosso país”, acrescentou Mattarella. A carta foi reproduzida pelo governo
italiano em sua conta no Twitter.
A
decisão de Temer foi noticiada em vários países. O New York Times lembrou ainda
que o Lula, quando era presidente da República, garantiu asilo ao italiano em
2010. O jornal francês Le Monde afirmou que Temer “assumiu a liderança” de uma
providência que se não fosse tomada por ele, seria pelo presidente eleito, Jair
Bolsonaro.
À
Agência Brasil, o advogado de Battisti, Igor Tomasauskas, afirmou que não falou
com seu cliente desde a decisão do Supremo Tribunal Federal de prendê-lo. “A
decisão de se entregar é dele. Até porque se entregar significa a extradição”,
acrescentou Tomasauskas.
(Agência
Brasil)