Assassinos desenharam um pentagrama no corpo de uma das
vítimas e beberam seu sangue, em nome de Satanás
A
série de assassinatos cometidos em Iguatu, no interior do Ceará, desvendada
pela Polícia no fim do mês passado, tinha um intuito macabro, segundo revelou a
Polícia Civil. Os serial killers disseram em depoimento que
estavam matando pessoas em rituais de magia negra, para conseguir os números
premiados de concurso da Mega-Sena.
As
investigações iniciaram após o desaparecimento do estudante Jheyenderson de
Oliveira Xavier, de 25 anos, que foi encontrado em uma cova com um tiro na
nuca.
O
delegado de Iguatu, Marcos Sandro Nazaré, responsável pelas investigações,
conta que os envolvidos matavam as pessoas em rituais de magia negra,
realizados em terreiro de macumba de Iguatu.
Para
a polícia, a primeira vítima pode ter sido Jackeline da Silva, de 17 anos, do
município de Irapuan Pinheiro, que está desaparecida desde o ano passado.
Foram
presos em flagrante o pai de santo Roberto Alves da Silva, de 41 anos, e
Gleudson Dantas Barros, de 29 anos, em maio. Um adolescente de 17 anos também
foi apontado de ter participado do ritual.
De
acordo com a polícia, ele foi o autor da morte de Jackeline. Os assassinos
desenharam um pentagrama no corpo da vítima e beberam seu sangue.
No entanto, o adolescente cometeu suicídio durante as investigações.
“Eles
eram psicopatas e queriam o poder, vindo de Satanás, para
cometer esses crimes. Ter poder, dinheiro e mulheres. O menor de idade chegou
para Roberto e disse: ‘Nós precisamos ser especiais para o Satanás. Nós temos
que matar gente para podermos pedir alguma coisa ao Santanás'”, comentou o
delegado, em entrevista à Rede Jangadeiro FM.
De
acordo com a polícia, parte dos corpos das vítimas eram usados para ornamentar
um altar satânico. No Sítio Canto, local onde as vítimas
foram encontradas, a polícia encontrou ainda um tabuleiro de jogos,
provavelmente utilizado nos rituais macabros. O corpo de outro adolescente
também foi achado no local, que seria o de Micael. Todos os crimes foram
praticados da mesma forma.
Segundo
a polícia, os suspeitos faziam uma oração, colocavam um pano na cabeça das
vítimas e as matavam com um tiro na nuca. Os corpos eram enterrados no local
dos rituais.
Os
três homens acreditavam que desta forma os espíritos que estavam presos
pudessem mostrar os números da Mega-Sena. “A ideia deles era aprisionar os
espíritos das vítimas”, explica.
O
delegado conta que os suspeitos buscavam pessoas vulneráveis e abaladas
psicologicamente. Gleudson Dantas Barros e Roberto Alves da Silva estão presos
na cadeia pública de Iguatu. Eles vão responder por homicídio, corrupção de
menor, ocultação de cadáver e vilipêndio de cadáver. Somados, os crimes
ultrapassam 120 anos de prisão.
Fonte: Tribuna do Ceará