O
padre Francisco Marques, diretor da Escola Patronato São José, em Itapajé,
Região Norte, negou que tivesse deixado o cargo, como foi compartilhado em
grupos nas redes sociais. No começo do mês, funcionários da instituição foram
presos por crime
de estupro contra um estudante de seis anos.
O
diretor disse ser alvo de uma "fake news", termo usado para se
referir às notícias falsas. "Estou indo todos os dias. Isso não
procede, é politicagem com o nome da escola", disse o padre. "Talvez
seja a vontade dessas pessoas", completou.
O
crime de estupro se tornou público no último dia 8, quando os pais da
criança denunciaram o caso. Segundo a mãe da criança, o menino chegou da escola
reclamando de fortes dores, mas não contou o que tinha acontecido. Em um
primeiro momento, ela perguntou para a criança se estava tudo bem, se não teria
acontecido alguma coisa diferente com ele, e a criança respondeu que não tinha
acontecido nada.
Somente
em um outro momento, quando a mãe conversava com a criança, ele abraçou a mãe e
começou a chorar. A criança disse para a mãe que um tio da escola tinha feito
uma coisa errada.
Para
a conselheira tutelar Nalygia Bastos, responsável por atender a ocorrência,
o número de vítimas pode ser maior. "Ele [vítima] falou que
algumas vezes ele percebia que tinha outras crianças sim. Pois o tio [agressor]
não deixava ele entrar no banheiro, assim como o tio não deixava outras crianças
entrarem quando ele estava sendo abusado. Então ele concluiu é que não podia
entrar por ter outra criança sofrendo lá dentro", detalhou.
O
colégio Patronato São José se pronunciou sobre o assunto por meio de uma nota,
confira:
“O
PATRONATO SÃO JOSÉ, em face de fatos que, supostamente teriam ocorrido no
ambiente escolar e que vem sendo veiculados nos últimos dias, vem esclarecer
que colabora com as autoridades de maneira absoluta e transparente, com vistas
à efetiva apuração das ocorrências, de modo que tudo seja devidamente
esclarecido e responsabilizados os que, comprovadamente, estejam envolvidos em
qualquer conduta ilícita. Neste sentido, e em sendo considerado a necessidade
máxima de resguardar e preservar a imagem de toda e qualquer criança e adolescente,
esteja ela em situação de vulnerabilidade ou não, vem repudiar alegações
destituídas de fundamentos, baseadas no mero “ouvi dizer” que, além de expor
desnecessariamente e de forma midiática uma violação aos direitos da infância,
em nada contribuem para o real esclarecimento dos fatos. Por outro lado, além
da colaboração às autoridades competentes, informa que também conduz apurações
administrativas e medidas concretas, no intuito de maximizar e salvaguardar a
integridade de seus alunos, a qualquer tempo, e em qualquer situação. Por
último, ao reafirmar os valores cristãos e éticos que sempre nortearam suas
ações no decorrer dos mais de 60 anos de atividades pedagógicas desenvolvidas
no Município de Itapajé, vem externar sua sincera solidariedade e apoio à
família, que vem buscando, ao contrário do que se alega, manter contato por
diversos meios”.
Fonte: CNews