O
lançamento da pré-candidatura do general Guilherme Theophilo (PSDB) ao Governo
do Ceará, no final da tarde de ontem, foi marcado pela “solidão” do grupo
opositor ao governador Camilo Santana (PT). Depois de sofrer baixas de partidos
que integravam a oposição, o bloco oposicionista se reduziu a apenas PSDB e
Pros em torno do nome tucano.
Em
meio às críticas de desembarque de siglas antes contrárias ao governo petista,
o senador Tasso Jereissati (PSDB), que apadrinha a pré-candidatura do general,
discursou aos correligionários e confessou a solidão que vive no Ceará.
“Eu,
na minha vida política desde 1986, nunca estive tão só. Só. Isso (solidão da
oposição) é inédito na história do Ceará e em outros estados do Brasil. Não
existe isso. Estamos aqui apenas com esses dois partidos porque trouxemos o
nosso candidato para não participar dessas negociações, porque não aceitaria”,
discursou.
A
primeira baixa recente foi do Solidariedade. O presidente estadual do partido,
deputado Genecias Noronha, se aproximou do governo por intermédio do senador
Eunício Oliveira (MDB). Ontem, foi a vez do PSD anunciar que estava negociando
com o Palácio da Abolição e estava deixando a base opositora.
Ainda
em fala às diversas lideranças majoritariamente tucanas, o ex-governador
criticou indiretamente o desembarque do MDB, SD e PSD do bloco da oposição.
“Política de negociatas, conchavos, acordos, trocas de favores. As trocas de
favores sempre são usadas com o dinheiro público, o do seu imposto que é usado
nessas trocas. Hoje mesmo estamos vendo que tem uma rodada de negociação lá
pelas bandas do governo”, acrescentou.
Além
dos tucanos, o evento de lançamento contou apenas com as presenças dos
deputados estaduais Capitão Wagner e Roberto Mesquita, e do deputado federal
Vaidon Oliveira. Todos do Pros.
Em
meio às ausências de apoios partidários, o discurso de lançamento da
pré-candidatura se baseou na aliança “com o povo”, como defendeu o senador
tucano. Falando aos aliados, general Guilherme Theophilo disse preferir aliança
com “a classe de bem” do que com a política tradicional.
“Conhecido
eu sou no Ceará. Eu não sou conhecido da classe política. E dessa classe eu
prefiro não ser conhecido. Agora, da classe de bem, aí sim, esses aí eu gosto e
estou junto”, disse.
Ao O
POVO, Capitão Wagner justificou o afastamento dos partidos da
candidatura em razão das “barganhas”. “O Pros resolveu apoiar a candidatura do
general porque acreditamos nela. Política se faz dessa forma. Se a gente
começar a barganhar espaço, a gente acaba não compondo a chapa e com isso quem
vai perder é o nosso candidato”.
OPOSIÇÃO
LANÇAMENTO DO
GENERAL
PRÉ-CAMPANHA
Durante
lançamento da pré-candidatura do general ao Palácio da Abolição, Tasso ensaiou
o primeiro slogan de campanha: “Bota moral, general. Um general para botar
moral”.
ALIANÇA
O
discurso que tomou conta do ato de lançamento foi o da aliança “com o povo”.
AGENDA
No
próximo fim de semana, o pré-candidato realiza o primeiro evento político no
Interior para se fortalecer para a campanha. O general vai passar pelos
municípios do Crato, Juazeiro e Barbalha para reuniões políticas e evento
público
O
Povo