A
cotação do dólar comercial caminha hoje (18) para fechar o sexto dia em alta,
sem atuação mais forte do Banco Central (BC). A moeda americana atingiu a faixa
R$ 3,77, na maior cotação da manhã. Por volta das 12h10, o dólar estava cotado
a R$ 3,75, com alta de 1,31%. Enquanto o dólar sobe, o Ibovespa (índice da
bolsa de valores B3) segue em queda. Às 12h15, o índice caia 1,35%, com 82.494
pontos. Na quinta-feira (17), o Ibovespa fechou em queda de 3,37%, com 83.622
pontos, e o dólar subiu pelo quinto dia útil consecutivo. A alta da moeda foi
de 0,61%, cotada a R$ 3,701, o maior valor em 26 meses.
A
alta do dólar ocorre depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central (BC) decidir manter os juros básicos da economia brasileira em 6,5% ao
ano, na última quarta-feira (16), numa tentativa de lidar com o aumento da
volatilidade internacional de capitais. A desvalorização do real também
pode ter influenciado a decisão do BC de manter a taxa Selic no mesmo patamar,
uma vez que dólar mais caro pode significar aumento da inflação no médio prazo,
devido ao encarecimento de produtos e serviços importados em moeda estrangeira.
A
alta do dólar ocorre mesmo com ajustes na atuação do Banco Central no mercado
de câmbio nos últimos dias. O órgão alterou leilões de contratos de swaps
cambiais, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro, passando a renovar
contratos que tinham vencimento em junho. Com isso, o BC iniciou a oferta
diária de rolagem integral de 4.225 contratos. Além disso, passou a fazer a
oferta adicional de 5 mil novos contratos ao longo do mês e não apenas ao
final, como estava previsto. A ideia, com isso, é manter aplicações em dólar no
país, evitando a fuga da moeda que impacta na desvalorização do real.
(Agência
Brasil)