Pesquisa
ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre o dias 22 e 25 de março
Brasília
– A avaliação negativa do governo do presidente Michel Temer oscilou 2 pontos
para baixo, chegando a 72 por cento em março, ante 74 por cento que
consideravam o governo ruim ou péssimo em dezembro, de acordo com pesquisa
CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira.
A
maneira de governar de Temer é desaprovada por 87 por cento dos entrevistados,
ante 88 por cento no levantamento passado, mostrou a pesquisa. Além disso, o
percentual dos que não confiam no presidente é de 89 por cento, ante 90 por
cento em dezembro.
A
avaliação positiva do governo ficou em 5 por cento, ante 6 por cento em
dezembro, enquanto aqueles que consideram o governo regular somaram 21 por
cento, contra 19 por cento, segundo o levantamento.
O
percentual dos entrevistados que aprovam a maneira de Temer governar se manteve
estável em 9 por cento, ao passo que os que confiam no presidente somam 8 por
cento, ante 9 por cento em dezembro.
O
levantamento, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), também
apontou elevados índices de reprovação a algumas políticas que costumam ser
apresentadas por Temer como casos de sucesso de seu governo, o que sinaliza
ainda mais dificuldades para as pretensões do emedebista de buscar permanecer
na Presidência na eleição de outubro.
Na
área econômica, as políticas de juros e o combate à inflação, sempre
mencionadas por Temer como êxitos de sua gestão, são desaprovadas por 85 por
cento e 80 por cento dos entrevistados, respectivamente.
“A
população ainda não está percebendo a queda inflação por mais que esses
indicadores sejam publicados. Houve aumento gasolina, aumento de gás de
cozinha. Tem deflação de alimentos, mas os preços continuam altos”, afirmou o
gerente-executivo de pesquisas da CNI, Renato da Fonseca.
“As
pessoas não estão convictas de que a economia está se recuperando e que a
inflação caiu. Essa boa notícia ainda não está distribuída”, disse. Ele apontou
também que o desemprego ainda é alto, continua sendo um problema e segue
atrelado ao governo.
A
atuação do governo na segurança pública, que recentemente tornou-se uma das
principais bandeiras de Temer com a criação de um ministério exclusivo para a
área e uma intervenção federal na segurança do Estado do Rio de Janeiro, é
desaprovada por 84 por cento dos entrevistados, de acordo com a CNI/Ibope.
Outra
notícia ruim para Temer, que em seus discursos costuma afirmar que colocou o
Brasil nos trilhos após assumir um governo desarranjado da ex-presidente Dilma
Rousseff, é o índice dos que avaliam que seu mandato é pior que o da petista:
55 por cento.
A
pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre o dias 22 e 25 de março. A
margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Fonte: Exame