Um "Salve Geral" postado nas redes
sociais ameaça mais atentados no Ceará em resposta ao anúncio do governo de
instalar bloqueadores de celular nos presídios locais. Os ataques a coletivos
começaram desde o fim de semana passado
Em meio a mais uma temporada de ataques armados e
destruição de ônibus através de incêndios criminosos, bandidos de uma facção
voltaram a usar as redes sociais para espalhar mais ameaças à população cearense.
Em um novo “salve geral”, eles agora dão nomes a seus alvos. Entre eles, o
deputado federal e apresentador de TV, Vitor Valim (MDB-CE), que apresenta um
programa policial diário na TV Cidade. Ameaçam também atacar a sede emissora e
suas equipes de reportagem, incendiado os veículos que transportam os
profissionais de Imprensa.
O “salve geral” está postado desde a noite dessa
segunda-feira e os criminosos, mais uma vez, afirmam que os atentados já
registrados irão se multiplicar no Ceará, atingindo, além de ônibus e prédios
públicos, táxis, carros do Uber, caminhões com cargas, pontes, coletivos que
transitam pelas BRs, carros de reportagem, políticos e outros alvos na Capital
e no Interior.
“Se acharem que estamos blefando, aguardem aí”, diz
o comunicado. Os criminosos citam o nome do governador do Estado, Camilo
Santana (PT) como o responsável pela reação violenta da facção, após o anúncio
da instalação de bloqueadores de sinal de telefonia móvel (celular) nos
presídios da Grande Fortaleza. Segundo eles, Camilo já teria se reunido com
representantes de uma empresa para a instalação dos equipamentos em presídios e
Casas de Privação Provisória da Liberdade, as CPPLs.
Citam, entre as unidades que receberão os
bloqueadores, as CPPLs 1, 2 e 3 que joje abrigam, exclusivamente, detentos
ligados às facções criminosas que atuam no Ceará.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social
(SSPDS) não se pronunciou sobre o fato.
Tribuna
O deputado Vitor Valim informou que irá denunciar o
caso na tribuna da Câmara dos Deputados, em Brasília, e comunicará o fato
também ao presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia; e ao ministro da Segurança
Pública, Raul Jungmann.
Fonte: Cearánews