terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Líderes do PCC mortos no Ceará viviam com alto luxo em condomínio no Porto das Dunas

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Os quatro carros estacionados na frente da mansão estão avaliados em R$ 2,5 milhões. A vida deles era de ostentação
Líder de facção criminosa assassinado na semana passada no Ceará morava em condomínio de luxo no Porto das Dunas, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza. Fotos do casarão onde “Gegê do Mangue”, número 2 do PCC, morto na última quinta-feira (15), em Aquiraz, vivia junto com “Paca” e mais quatro pessoas da família, vazaram nas redes sociais.


A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) não confirma a veracidade do conteúdo. Nas imagens, aparecem ainda quatro carros de luxo, avaliados em R$ 2,5 milhões.


O bandido e a família faziam diversas festas e buscavam interagir com os vizinhos. A vida de luxo teria despertado a atenção de outros setores da organização criminosa, somado a disputas internas do PCC, o que pode ter sido determinante para a morte de “Gegê” e “Paca”.


Um dos pontos importantes da investigação é o helicóptero que teria sido usado durante a execução de Gegê do Mangue e Paca. As autoridades buscam descobrir se foi usada uma aeronave locada ou da própria organização.


De acordo com um advogado de Gegê, os corpos foram enviados para São Paulo e devem ser enterrados na capital paulista, no cemitério do Araçá.


Facção com histórico no Ceará


A presença da cúpula do PCC em Fortaleza não vem de hoje. E isso ficou evidente na operação Quinta Roda, da Polícia Federal. Em março de 2016, agentes da PF prenderam na capital cearense o irmão de Marco Herbas Camacho, cabeça da organização criminosa.


Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior foi preso por ordem de uma vara da Justiça Federal de São Paulo. Ele estaria vivendo nessa casa de luxo, no bairro Luciano Cavalcantea.


A Justiça negou, na época, que ele ficasse preso no Ceará. A alegação era de que aqui não há presídio de segurança máxima, nem penitenciária federal. Assim, Alejandro foi levado para São Paulo.


De acordo com a investigação, o grupo comprava grandes carregamentos de drogas da Bolívia e do Paraguai para distribuir no Brasil e no Exterior.


Entenda o caso


Na última sexta-feira (16), os corpos dos dois criminosos foram encontrados em uma aldeia indígena, no município de Aquiraz, no Ceará. Rogério Geremias de Simone, o “Gegê do Mangue”, e Fabiano Alves de Sousa Paca, o “Paca”, eram dois dos principais líderes do PCC que estavam em liberdade, segundo o Ministério Público.
Geremias tinha 41 anos de idade e ficou preso por 10 anos na penitenciária da cidade de Presidente Venceslau, no interior paulista. Em 2017, foi concedido um habeas corpus ao líder do PCC dias antes de ser julgado.
Ele foi condenado a 47 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha armada. Entretanto, não foi capturado.


Por esse motivo, desde o mês de abril, Geremias estava na lista dos mais procurados da Polícia Civil. Além de ser um dos líderes do PCC, era acusado de controlar o tráfico de drogas no Paraguai.


Além do corpo de Geremias, também foi encontrado o corpo de Paca, que também era foragido da Justiça de São Paulo. Segundo o procurador da Justiça de São Paulo, Márcio Christino, “Paca seria um dos grandes responsáveis pelo fornecimento de cocaína do PCC no Brasil”.


Os corpos foram encontrados próximo a um lago na aldeia indígena no município de Aquiraz, a 30 km de Fortaleza. Os criminosos foram baleados no rosto e, nos seus olhos, havia perfurações de faca. De acordo com testemunhas populares, uma aeronave foi usada na emboscada. A polícia acredita que o crime trata-se de uma disputa de poder dentro do grupo.
Fonte: Tribuna do Ceará

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