sábado, 17 de fevereiro de 2018

Força-tarefa do Governo Federal só deve chegar em março

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Um delegado de fora do Estado comandará os trabalhos da força-tarefa de segurança no Ceará. Uma reunião está prevista para a próxima semana, para resolver as pendências e detalhar a operação
Um delegado federal de fora do Estado será o responsável por comandar a força-tarefa da Polícia Federal (PF) e da Polícia Judiciária da Força Nacional no Ceará. O grupo representa o reforço “imediato” anunciado pelo presidente Michel Temer (MDB), ainda em 30 de janeiro, três dias após a Chacina das Cajazeiras, quando 14 pessoas foram mortas durante uma festa, na Capital. A vinda dos policiais, porém, só deverá ocorrer em março.
O POVO apurou que uma reunião está prevista para o início da semana que vem, na sede da PF no Ceará, no bairro Aeroporto. A data específica ainda não foi definida. O encontro contará com representantes da direção-geral da PF, em Brasília. Na ocasião, algumas pendências serão acertadas, como a definição do efetivo que virá ao Estado e quem será o responsável pelos trabalhos. Uma coletiva de imprensa também está prevista para o pós-encontro. Depois do encontro da próxima semana, estima-se que ainda demore cerca de duas semanas até que o reforço seja enviado. O atraso estaria relacionado à tomada de decisões e também à burocracia do protocolo de atuação da Secretaria Nacional da Segurança Pública (Senasp), que estabelece, por exemplo, a pactuação entre as instituições, incluindo o compartilhamento de informações anteriores e os resultados das investigações. No caso do Ceará, após as pactuações, os inquéritos da Polícia Civil sobre as facções criminosas serão compartilhados com a PF, bem como informações de domínio Federal serão cedidas ao Estado, conforme as informações às quais O POVO teve acesso. “O resultado do trabalho será coletivo. Mas é importante destacar que, se já houvesse essa integração, de fato, não seria necessária essa força-tarefa”, explicou uma fonte à reportagem.


Os agentes federais, que virão acompanhados também de policiais civis de outros estados, deverão atuar em conjunto com a Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Todos farão parte da chamada Operação Concórdia, o nome escolhido é uma referência à deusa romana da união. A atuação do grupo enfocará o combate ao crime organizado, reforçando ações de inteligência no Estado.


Os resultados, porém, só devem ser percebidos em médio e longo prazo, já que, inicialmente, todos os inquéritos e documentos relacionados às facções no Estado deverão ser analisados pelo grupo. “Eles farão um trabalho de formiguinha mesmo”, completou .


THIAGO PAIVA
Fonte: O Povo
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