Os postos ficam na avenida Rogaciano Leite e na
avenida Odilon Guimarães. Ambos levam a bandeira da marca Shell
Mesmo com o preço da gasolina tendo passado pelo
seu maior reajuste da história de Fortaleza, conforme apurado pelo O POVO
Online, alguns postos de gasolina não praticaram o aumento de R$ 0,32 e nesses
locais grandes filas foram formadas pelos motoristas. Um destes
estabelecimentos fica na avenida Rogaciano Leite. Lá, a gasolina comum está R$
4,07, o etanol está R$ 3,25 e o diesel R$ 3,41. Já na avenida Odilon Guimarães,
no bairro Lagoa Redonda, a gasolina comum está R$ 4,05, a gasolina aditivada R$
4,18, o etanol está R$ 3,29 e o diesel R$ 3,39. Ambos os postos levam a
bandeira da marca Shell.
De acordo com o consultor na área de petróleo e
gás, Bruno Iughetti, o não aumento do combustível destes postos é uma
"estratégia de marketing". Ele diz que "a partir do momento em
que ele (o empresário) adia a vigência do aumento, ele estará direcionando o
maior número de motoristas para o seu posto. E o aumento da demanda dele é que
faz a diferença. Com isso, o nível de faturamento sobe".
O consultor explica que o preço do combustível
depende dos cálculos que a Petrobras faz diariamente. Para isso, é levado em
conta o preço do petróleo no mercado internacional e a variação cambial,
"podendo haver tanto o acréscimo quanto a redução".
Diante do atual contexto, Iughetti diz que a
tendência é de aumento. Ele informa que hoje o barril de petróleo está em US$
60, mas tudo indica que este preço pode atingir US$ 65. Se isso acontecer, o
preço será refletido nos postos de gasolina de forma imediata.
"É assim que funciona o mercado americano, o
mercado europeu. As variações são em níveis diários. A partir do momento que a
refinaria estabelece os preços, o efeito é imediato em toda a cadeia de
distribuição, lê-se distribuidora e lê-se revendedora (postos de gasolina)",
explica.
O consultor ainda afirmou que o aumento no preço da
gasolina em nada tem a ver com a capacidade de armazenamento do terminal de
gasolina do Mucuripe. "A tancagem é uma questão de logística e de
infraestrutura. A tancagem do Mucuripe não é um fator".
CARLOS HOLANDA
Fonte: O Povo