O presidente Michel Temer voltou a defender a reforma da Previdência durante solenidade no Porto de Açu, no litoral norte do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, 27. Segundo o presidente, se a reforma da Previdência não for aprovada agora, não haverá um candidato nas próximas eleições que não terá que tocar no assunto. Ele argumentou que, em tese, ninguém terá prejuízo com a reforma e que a intenção do governo é evitar medidas mais radicais no futuro.
O presidente enumerou mais uma vez os feitos de seu
mandato, como a reforma do ensino médio e a aprovação do teto dos gastos
públicos. Segundo ele, logo depois da Previdência, o governo fará a
simplificação tributária no País, fechando o "ciclo reformista".
"Se não tivéssemos autoridade, não tínhamos feito o que fizemos em 18
meses", disse ele.
O presidente participou da cerimônia de assinatura
do decreto que cria a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Açu,
localizada no Distrito Industrial de São João da Barra, litoral norte do Rio de
Janeiro.
Participaram da comitiva do presidente o
ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, o ministro
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, e o
governador do Estado do Rio Janeiro, Luiz Fernando Pezão.
Tanto Pezão quanto Moreira Franco também defenderam
a necessidade de aprovação da reforma da Previdência, ressaltando a necessidade
de equilibrar as contas de governos estaduais. "É impossível atravessar
essa crise sem discutir a reforma da Previdência. Nenhum candidato vai passar
próximas eleições sem discutir esse tema", declarou Pezão. "Esse é o
grande problema do País", completou.
Agência Estado