Para ele, a saída do tucano da disputa à
presidência nacional do PSDB possibilita mais atenção ao cenário oposicionista
no Ceará nas próximas eleições. Wagner pode disputar o Senado, Câmara ou o
governo
“Com
a saída do senador Tasso Jereissati da disputa pela presidência do PSDB isso
vai favorecer para que ele tenha maior atenção ao Ceará e também para definir
quem será o candidato (a governador) pela oposição”.
A declaração é do deputado estadual Capitão Wagner (PR) ao ser
questionado sobre sua participação nas eleições de 2018. Ele ainda aguarda uma
definição de cenário na oposição cearense para então acertar sua candidatura
a governador, ou a deputado federal ou a senador. Wagner diz que
mesmo não tendo sido eleito, sua candidatura, nas eleições passadas, à
Prefeitura de Fortaleza, foi importante, que saiu fortalecido politicamente,
mas que uma segunda derrota não seria “interessante” para seu currículo.
O candidato condiciona seu nome à disputa pelo governo a uma
estrutura de campanha, tempo de TV e apoio forte bloco de um partidário.
Segundo ele, somente com estas condições estará disposto a concorrer ao Palácio
da Abolição. Até lá, aguarda também um posicionamento do senador Tasso. O
parlamentar acredita que esta definição deve ocorrer entre o próximo mês de
dezembro ou, no máximo, no começo de janeiro de 2018.
Coragem
A entrevista do deputado aconteceu na manhã desta quinta-feira
(29) ao programa “Ceará News” da Rede Plus de Rádio FM, ocasião em que Wagner
também comentou sobre a recente decisão da Justiça que tirou do cargo de
prefeito do Município de Sobral o ex-deputado estadual Ivo Gomes (PDT).
Ele enalteceu a decisão do juiz responsável pelo afastamento de Gomes, mas
lamentou que o magistrado e outras pessoas estejam sendo alvo de ameaças.
Wagner lamentou, segundo ele, o pronunciamento do deputado Osmar
Baquit. “Infelizmente, mais uma vez ele subiu na tribuna para fazer ameaças a
pessoas, mas isso não me assusta. Eu repudio. Vou usar sim a tribuna da
Assembleia, mas para parabenizar pela coagem e pela atitude que o
magistrado teve, pois poucas pessoas acreditavam que um juiz cearense tivesse
essa coragem”.
Aliança?
Ainda na entrevista, Wagner comentou uma possível aliança para as
eleições de 2018 entre o atual governador do estado, Camilo Santana (PT) e o
presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), aproveitando para alfinetar os
Ferreira Gomes. “Eles têm várias estratégias, mas se dependesse do Camilo e do
Eunício eles já estariam juntos, mas a família Ferreira Gomes não vai subir no
palanque do Eunício e não vai permitir que seus prefeitos votem nele”.
Por fim, ele desmentiu os boatos de que sua esposa vá concorrer
nas próximas eleições e de que estaria afastado do seu amigo e colega de
partido, Cabo Sabino (PR), diante da possibilidade de ser candidato a deputado
federal, o que o transformaria num concorrente de Sabino, já que este deverá
buscar ser reeleito.
Fonte: Ceará News