Em uma semana foi registrada a morte de nove
pessoas em consequência da doença no estado.
Sessenta pessoas morreram por chikungunya no Ceará,
em 2017, de acordo com boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (4),
pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa). O boletim mostra que em uma semana
foi registrada a morte de nove pessoas em consequência da doença no estado.
Do total de mortes, 26 foram mulheres e 34 homens,
com idades entre 10 dias e 94 anos. As mortes por chikungunya foram registradas
em Acopiara (2), Aracati (1), Beberibe (2), Caucaia (3), Fortaleza (47),
Maranguape (2), Morada Nova (1), Pacajus (1) e Senador Pompeu (1).
111 mil notificações da doença
De acordo com a Sesa, neste ano foram notificados
111.834 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 12.950 foram descartados. A
taxa de incidência dos casos suspeitos de chikungunya para o estado do Ceará é
de 1.247,6 casos por 100 mil habitantes, 4,1 vezes a incidência considerada de
nível epidêmico pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 300 casos por cada
grupo de 100 mil habitantes. Dos 184 municípios cearenses, 102 municípios
apresentam altas incidências da doença.
A Secretaria da Saúde do Ceará confirma 68.790
casos de chikungunya neste ano. Considerando os critérios do Ministério da
Saúde - quando a doença é constatada por exame clínico, e não laboratorial -, o
número de casos já passa de 98 mil, mais que todos os outros estados
brasileiros juntos.
Entre os prováveis motivos apontados por
especialistas para o aumento de casos da doença estão clima propício, seca e
aumento da população de Aedes aegypti. Para Robério Dias Leite, infectologista
pediátrico em Fortaleza, no caso do Ceará, a seca foi fator determinante.
"Tivemos um grande período de seca, e neste
ano uma melhora, mas ainda estamos abaixo dos níveis médios de chuvas no
estado. Isso favorece porque durante a seca as pessoas tendem a armazenar água
e isso contribui no desenvolvimento do mosquito", explicou.
O boletim mostra, ainda, que a predominância dos
casos se concentrou na faixa etária entre 20 e 49 anos. Foram confirmados 564
casos da doença e crianças com menos de um ano de vida.
Fonte:
G1-CE