A vítima, uma cabeleireira, foi atingida com tiros
nas costas e na cabeça. Uma funcionária do Sine levou um tiro de raspão no pé e
foi socorrida. Polícia investiga motivação do crime
Uma travesti de 33 anos foi morta na tarde dessa
segunda-feira, 8, quando deixava currículo no Sistema Nacional de
Empregos/Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT), em Itaitinga. Ela
era cabeleireira e foi atingida com tiros na cabeça e nas costas, segundo informações
preliminares da Polícia. A atendente do local, que falava com a vítima, foi
atingida com um tiro de raspão no pé.
A Polícia Civil informou que o crime foi registrado
às 14 horas, quando dois homens em uma moto chegaram ao local efetuando
disparos. O inquérito sobre o caso será instaurado na Delegacia Metropolitana
de Itaitinga.
A vítima foi identificada como Jefferson Cauã
Holanda Pinheiro. O nome social ainda não foi divulgado de acordo com o
inspetor da Polícia Civil, Fernando. Os criminosos fugiram e ainda não foram
identificados.
A vítima tinha uma passagem pela Polícia, em 2014,
pelo crime de injúria. A motivação do assassinato ainda está sendo investigada.
Em nota, o Sine/IDT do Ceará lamentou o ataque no
Posto de Atendimento Conveniado de Itaitinga. O atendimento na unidade será
retomado na quarta-feira, 10.
"O crime está sendo investigado pelos órgãos
de segurança do Governo do Estado", completa a nota.
Assassinatos de travestis
Em fevereiro deste ano, a travesti Dandara dos
Santos foi espancada e morta no bairro Bom Jardim. O caso teve repercussão
nacional somente após circularem nas redes sociais imagens dela sendo
brutalmente agredida. Além dela, outra travesti morreu após espancamento, na
avenida José Bastos. Hérica Izidório chegou a ficar internada no Instituto
Doutor José Frota (IJF), após agressão também no mês de fevereiro, mas morreu
no último dia 12 de abril. Em janeiro, o corpo da travesti Paola Oliveira foi
encontrado às margens da BR-116.Foram assassinatos 144 transexuais e travestis
no Brasil, em 2016, segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB).
Fonte:
O Povo