O atraso na entrega das encomendas em função da
paralisação parcial tem gerado um prejuízo diário de R$ 6,5 milhões aos cofres
dos Correios, segundo a estatal. Um acordo ainda está indefinida. Ontem, ao
meio-dia, os funcionários do Ceará rejeitaram a proposta apresentada pela
direção da empresa na véspera. As assembleias seguem realizadas nos estados até
segunda-feira.
Dentre outros pontos, a mais recente proposta prevê
suspensão da medida relativa às férias nos meses de maio e junho de 2017 e
reavaliação com 30 e 60 dias; reabertura do Plano de Desligamento Incentivado
(PDI); compensação dos dias parados, no prazo de 60 dias a partir do dia 6 de
maio; e a garantia de que, enquanto não houver o encerramento da mediação
acerca do Plano de Saúde dos Correios, no Tribunal Superior do Trabalho (TST),
não haverá judicialização do assunto.
Para o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores
em Correios e Telégrafos e Similares do Estado do Ceará, Luís Santiago, as
medidas não atendem minimamente aos interesses da categoria. “Não é uma greve
por melhoria salarial, o que a gente reivindica são melhores condições de
trabalho. Somos contra o desmonte que está ocorrendo”.
De acordo com a direção da empresa pública, a
paralisação dos empregados concentra-se principalmente na área operacional. Mas
garante que, à exceção dos serviços com hora marcada de entrega (Sedex 10,
Sedex 12 e Sedex Hoje), todos os demais continuam disponíveis. Para minimizar
os impactos, diz, foi iniciado um Plano de Continuidade de Negócios que inclui
ações como deslocamento de empregados entre unidades, apoio de pessoal
administrativo e horas extras. “Nesse fim de semana, a empresa também irá
promover mutirões para triagem e entrega de objetos postais”, informou por meio
de nota. (Irna Cavalcante)
Fonte:
O Povo