Objetivo é encontrar documentos que possam servir
de prova contra procurador que trabalha na Corte. Ele foi preso pela corporação
nesta quinta, após delação da JBS.
A Polícia Federal foi ao Tribunal Superior
Eleitoral nesta quinta-feira (18) cumprir mandados de busca. A intenção é
encontrar documentos que possam servir de prova contra o procurador da
República Ângelo Goulart Villela, que trabalha na Corte Eleitoral, e que foi
preso pela corporação pela manhã. A defesa dele não foi localizada. Acompanhe
aqui a cobertura ao vivo.
De acordo com a página do TSE na internet, Villela
é "membros auxiliar" na Procuradoria-Geral Eleitoral. Pelo regimento,
o procurador auxiliar é "aquele que, em razão da necessidade de serviço,
poderá ser designado pelo procurador-geral Eleitoral, dentre os membros do
Ministério Público Federal, para oficiar perante os tribunais regionais
eleitorais".
Operação
Nesta quinta, a PF também cumpriu mandados em
endereços do presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG). Em Brasília,
policiais foram a uma casa dele no Lago Sul, área nobre de Brasília. O gabinete
do tucano no Senado também foi alvo de buscas.
Além de Aécio, também foram alvos da ação policial
os gabinetes do senador Zezé Perrela (PSDB-MG) e do deputado federal Rodrigo
Rocha Loures (PMDB-PR).
Delação da JBS
A operação teria tido início após a delação do dono
do frigorífico JBS, Joesley Batista, que entregou à Procuradoria-Geral da
República (PGR) uma gravação do senador Aécio Neves pedindo a ele R$ 2 milhões.
No áudio, com duração de cerca de 30 minutos, o presidente nacional do PSDB
justifica o pedido dizendo que precisava da quantia para pagar sua defesa na
Lava Jato. A informação foi divulgada pelo jornal "O Globo" na quarta-feira
(17).
Após a publicação da denúncia, a assessoria de
imprensa de Aécio Neves afirmou que o senador "está absolutamente
tranquilo quanto à correção de todos os seus atos".
"No que se refere à relação com o senhor
Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o
setor público. O senador aguarda ter acesso ao conjunto das informações para
prestar todos os esclarecimentos necessários", diz o texto.
Fonte: G1