Para
o Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpol, os
últimos acontecimentos registrados em Forttaleza – ameaças e ataques a ônibus,
nada mais são do que um reflexo da falência da Polícia Civil. Quem diz é a
vice-presidente do Sinpol, Ana Paula Lima.
Ela
afirma que a Polícia Civil sofre “um sucateamento” devido a políticas
governamentais nos últimos 25 anos que deixaram a categoria com o pior salário
do Nordeste e um dos três piores do país.
“O
crime organizado no Estado é resultado de uma Polícia Civil desmotivada e
desestruturada. Diariamente sofremos duros golpes. Escrivães e inspetores, que
investigam e combatem o crime organizado, estão esquecidos”, avalia Ana Paula,
que destaca: “O crime organizado encontra aqui um terreno fértil”.
Para
a vice-presidente do Sinpol, a situação na qual os policiais civis se encontram
possibilitou “a entrada das facções criminosas no Estado, tendo elas se
aproximado por meio de núcleos compostos por bandidos como o irmão do Marcola
(Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, criminoso
considerado líder da organização criminosa Primeiro Comando da Capital), preso
aqui”, diz.
Segundo
Ana, esses criminosos foram se unindo e estruturando o crime organizado no
Ceará e se aproximando de grupos como o Comando Vermelho e o próprio PCC. “Os
presos estão divididos por facções nos presídios, para evitar confrontos. E sem
uma Polícia Civil forte, valorizada, dificilmente serão alcançados resultados
concretos”, diz a vice do Sinpol/CE.
Ana
Paula afirma que, apesar desse quadro, o Sinpol mantém as esperanças de
reconhecimento por parte do Governo do Estado.
Fonte:
Blog do Eliomar