Em 2014, Ceará teve 27 óbitos no trânsito por 100
mil habitantes.
Ceará teve outras duas cidades na lista das
violentas no trânsito.
Fortaleza é a capital com o segundo maior número de
mortes no trânsito por habitantes, com 27 óbitos para 100 mil habitantes,
ficando atrás apenas do Recife (34,7), de acordo o relatório "Retrato da
Segurança Viária no Brasil", divulgado nesta quarta-feira (4) pela Ambev
com a consultoria Falconi.
Ainda de acordo com o estudo, das cinco cidades com
maiores índices de morte no trânsito, duas são do Ceará: Barbalha (194 mortes
por 100 mil habitantes) e Sobral (108,73).
Os dados são relativos ao ano de 2014 e levam em
consideração estatísticas da Associação Nacional dos Transportes Públicos
(ANTP), Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA) e Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em 2014, de acordo com o relatório, 44.471
brasileiros perderam as vidas em acidentes viários e o número absoluto de
feridos cresceu 5,9% em relação a 2013, chegando a mais de 203 mil. No mesmo
período, os feridos por 100 mil habitantes aumentaram 5%. De 2003 a 2014, mais
de 477 mil brasileiros morreram nas ruas, avenidas e estradas e mais de 1,7
milhão ficaram feridos.
O estudo mostra ainda que, nos 12 anos analisados,
os acidentes com motos passaram a ser a principal causa de morte no trânsito,
subindo de 19% para 37% do total de vítimas fatais. Enquanto isso, o número de
feridos entre motociclistas quase quadruplicou: de 31.073 para 119.846.
Em 2003, os acidentes fatais com pedestres eram a
maioria, representando 43% do total. Os carros de passeio apareciam na
sequência, 29%. De acordo com os dados mais recentes, 24% dos acidentes que
levam a óbito são com pessoas a pé e 32% com carros.
Mortes de motociclistas
A análise por região também revela que no Nordeste
e Norte, os usuários de moto representam o grupo predominante entre as vítimas.
No Nordeste, foram 6.849 vítimas fatais de acidentes com moto (51% do total),
mais que o dobro das 3.223 vítimas de acidentes com carro (24%).
Em 2003, as motos representavam 25% das mortes no
trânsito na região Nordeste. Desde então, a frota de motos nos estados
nordestinos saltou de 1,2 milhão para 6,2 milhões, um aumento de 414%. O
usuário de automóvel lidera o ranking de óbitos nas regiões Sudeste (34% do
total de acidentes), Sul (39%) e Centro-Oeste (37%).
Fonte: G1-CE