Transferências ocorreram para desarticular
lideranças nos presídios.
Ação foi realizada entre as unidades prisionais de
Itaitinga e Pacatuba.
Cerca de 930 internos foram transferidos, nesta
terça-feira (3), entre unidades prisionais da Região Metropolitana de Fortaleza
(RMF). As transferências têm por objetivo desarticular lideranças criminosas e
prevenir conflitos nos estabelecimentos prisionais, de acordo com a Secretaria
da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus). A ação foi acompanhada pelo Núcleo de
Investigação Criminal do Ministério Público do Ceará (MPCE).
As transferências no Ceará ocorrem dois dias após
uma série de rebeliões registradas no Amazonas. Ao todo, 60 presidiários foram
mortos nos conflitos entre os presos. O Governo do Amazonas isolou os membros
de facções rivais em todos os 11 presídios do estado.
O transporte dos presidiários foi realizado pelos
agentes penitenciários e Polícia Militar, mobilizando a Unidade Prisional
Agente Luciano Andrade Lima, as Casas de Privação Provisória de Liberdade
Professor Jucá Neto e Agente Elias Alves da Silva (CPPLs 3 e 4), localizadas em
Itaitinga, e a Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, no município de
Pacatuba.
A transferência contou ainda com apoio da Polícia
Rodoviária Federal (PRF) e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará. Ao longo da
semana, assistentes sociais e representantes da equipe do Núcleo de Atendimento
aos Familiares de Internos (Nuasf) estarão prontos a receber os familiares e
prestar informações sobre para onde os internos foram transferidos.
O promotor de Justiça Humberto Ibiapina,
coordenador do Núcleo de Investigação Criminal do MPCE, explica que a
transferência de presos entre unidades prisionais é um procedimento rotineiro.
“Não havia nenhum indicativo de que as rebeliões
registradas no Amazonas trariam alguma consequência nas unidades prisionais do
Ceará, mas a medida com certeza é uma precaução significativa para evitar
qualquer tipo de conflito entre os presos cearenses neste momento”, explica o
membro do MPCE.
Fonte: G1-CE