Nesta segunda-feira, 26, autoridades da Colômbia
divulgaram um relatório final sobre a queda do avião da Chapecoense perto da
cidade de Medellín, no último dia 29, que matou 71 das 77 pessoas que estavam a
bordo. "A aeronave tinha um peso superior ao permitido nos manuais. Eram
500 quilos a mais, mas que não foram determinantes para queda", disse
Freddy Augusto Bonilla, secretário de segurança da Aeronáutica Civil da
Colômbia. Com informações do Estadão.
Segundo relatório, a Aasana (Administração de
Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia), que aprovou o
plano de voo da LaMia, também é culpada pela tragédia. Além disso, o piloto
Miguel Quiroga, dono da empresa aérea e que morreu no acidente, tinha
consciência de que o combustível não era suficiente. "Eles estavam
conscientes da limitação do combustível. Sabiam que não era suficiente. Essa
situação de falha total foi reportada apenas dois minutos antes da queda".
Há duas semanas, autoridades da Bolívia culparam o
piloto e a LaMia pelo acidente, mas não haviam identificado o excesso de peso
no avião, divergindo-se da versão colombiana.
O secretário de segurança da Aeronáutica Civil da
Colômbia fez um pronunciamento com a gravação da conversa do piloto da LaMia
com a torre de controle de voo do aeroporto de Rionegro antes da queda do
avião.
"O avião boliviano ingressa em Medellín neste
momento. A aeronoave boliviana está deixando o controle aéreo de Bogotá para o
de Medellín e é autorizada a descer 3 mil metros. Até então, a tripulação não
informou se havia uma situação de emergência. Essa aeronave conta com um
sistema de alerta de baixa quantidade de combustível. Isso significa que se inicia
um alarme audível e visual. De acordo com o manual da aeronave, avisa 20
minutos de voo com esse alarme. Esse alarme foi dado dois minutos depois dessa
posição", disse o secretário.
Após relatório, as investigações buscam esclarecer
a causa da interrupção da gravação antes da queda do avião. "A gravação
para um minuto antes da queda e temos de saber o motivo", informa.
Fonte: O Povo