Parte da base foi perdida no processo que levou à
reeleição de Zezinho como presidente da AL-CE. Será seu 3º mandato no comando
da Casa.
A chapa do candidato de Camilo Santana (PT) e dos
irmãos Ferreira Gomes, Zezinho Albuquerque (PDT), venceu a eleição da Mesa
Diretora da Assembleia Legislativa. O placar terminou com 27 a 18 para Zezinho
e uma abstenção na primeira votação disputada depois de 31 anos. Todos os
outros anos tiveram chapa única. Contudo, os caminhos que levaram à vitória trouxeram
também prejuízos para o Governo. A oposição que, até ontem, representava 1/4 do
parlamento, cresceu e se fortaleceu com o racha da base.
No processo de negociação de votos para seus
respectivos candidatos, o grupo Ferreira Gomes rompeu com a ala do
ex-vice-governador Domingos Filho, que apoiava Sérgio Aguiar para presidência
da Casa. “Saímos com um grupo fortalecido, mesmo derrotado. Sei que nos próximos
dois anos a AL viverá um novo momento”, disse o articulador do bloco PSD-PMB, o
deputado federal Domingos Neto. Ele condenou a postura do governador Camilo no
processo de eleição da AL.
Domingos Neto confirmou a saída definitiva de seu
grupo da base do Governo. Na teoria, a medida significaria pelo menos sete
deputados a menos para a base. Se seguida à risca, a debandada amplia o número
de oposicionistas de 15 para 21. No entanto, interesses individuais de cada
deputado e a capacidade de articulação governista, com troca de cargos e apoio,
ainda pode mudar o quadro.
A própria oposição também sofreu decepções. Um dos
representantes mais ativos do PMDB, Audic Mota, entrou na chapa governista de
Zezinho. A decisão foi motivo de desconforto entre os colegas de partido.
Segundo Audic, a disputa local em Tauá pesou para ele. Domingos Filho e Audic
são rivais políticos no município.
O deputado Osmar Baquit (PSD) também trocou de lado
de última hora. Ele era líder do bloco PSD-PMB e fez diversas declarações a
favor de Sérgio, que sofreu derrota maior do que previa.
“Sem racha”
Após ser declarado vitorioso,
Zezinho Albuquerque negou que houvesse qualquer ruptura na base ou
ressentimento com os membros que ficaram contra ele na votação. Ele argumentou
que o fim da disputa deverá trazer de volta a harmonia de antes da disputa.
“Esse racha da base é normal. Todos são amigos
(...) Eu sei que com essa disputa alguém sai doído. Mas nós vamos estender a
mão a todos. A base do governo não está dissolvida”, declarou. Ele chegou a
referir-se a Sérgio como companheiro com interesses em comum.
Ele pediu unidade
no parlamento. O deputado, um dos mais próximos de Cid e Ciro Gomes, disse
estar emocionado por ser o primeiro a ocupar a o cargo de presidente por seis
anos seguidos. (colaborou Daniel Duarte)
Nova Mesa
Integrantes
Presidente: Zezinho Albuquerque (PDT)
1º vice-presidente: Tin Gomes (PHS)
2º vice-presidente: Manoel Duca (PDT),
1º secretário: Audic Mota (PMDB)
2º secretário:
João Jaime (DEM)
3º secretário: Júlio César (PDT)
4ª secretária: Augusta Brito (PCdoB)
1º vogal: Robério Monteiro (PDT)
2º vogal: Ferreira Aragão (PDT)
3º vogal: Bruno Pedrosa (PP)
A Mesa Diretora foi eleita para o biênio 2017-2018.
Fonte: O Povo online