A aeronave levava outras
três pessoas para o local da cerimônia. Todas morreram no acidente. Fotógrafa
grávida está entre as vítimas
Quatro pessoas morreram
após a queda de um helicóptero particular ontem à tarde, na cidade de São
Lourenço da Serra, a 60 quilômetros da capital São Paulo. A aeronave levava uma
noiva para a cerimônia de casamento.
Além dela, estavam no
helicóptero o irmão dela, o piloto e a fotógrafa do casamento, que estava
grávida. A aeronave, modelo Robson R44, matrícula PRTUN, seguia com destino ao
sítio Recanto Beija-Flor, em São Paulo, onde seria realizada a cerimônia,
marcada para as 16 horas. Porém, a apenas dois quilômetros de distância do
local, o helicóptero caiu na região de mata e ficou completamente destruído.
Até o fechamento desta edição, os nomes das vítimas não haviam sido divulgados.
A ocorrência foi atendida
pelo Corpo de Bombeiros, em uma área de chácaras, na Estrada da Barrinha, para
onde foram enviadas oito viaturas para o resgate dos corpos. De acordo com a
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o helicóptero havia sido comprado
recentemente e estava com inspeção válida até 16 de dezembro. Segundo a nota
emitida pela Anac, o certificado de aeronavegabilidade estava normalizado e o
helicóptero licença para voar até dia 1º de fevereiro de 2017.
Conforme a Aeronáutica,
uma equipe do Seripa IV (Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos) foi encaminhada ao local para dar início à investigação
sobre a causa do acidente.
Surpresa
Em entrevista ao jornal O
Estado de São Paulo, o dono do sítio, Carlos Eduardo Baptista, revelou que a
noiva pretendia fazer uma surpresa para o noivo, desembarcando de helicóptero.
“Ela e o irmão estavam muito animados, queriam que fosse uma surpresa para
todos”, disse, acrescentando que havia cerca de 300 convidados aguardando o
início da cerimônia e que o noivo foi avisado da tragédia quando esperava a
futura esposa no altar. “Trabalho com festas há mais de 30 anos e, quando as
noivas decidem vir de helicóptero, são comuns alguns imprevistos como atrasos
ou cancelamentos por causa do tempo. Mas, dessa vez, como atrasaram e ninguém
da empresa me avisou, eu fiquei desesperado e liguei para a polícia, para os
bombeiros”, relatou Baptista. a(com Agência Brasil)