Um bebê recém-nascido, de
apenas um dia de vida, foi raptado do Hospital Distrital Gonzaga Mota, o
Gonzaguinha da Messejana, no final da manhã deste domingo (20) e encontrado
horas depois após uma força-tarefa da Guarda Municipal de Fortaleza. A
principal suspeita do crime foi presa pela Polícia por volta das 20h30min.
De acordo com informações
do sub-inspetor da Guarda, Heloílson Lopes, que acompanhou o caso, o rapto
aconteceu por volta das 11h30min e pode ser solucionado devido às imagens das
câmeras de segurança do hospital. No vídeo, foi possível observar duas mulheres
em atitude suspeita, portando uma sacola, trocada entre elas. Uma das mulheres,
identificada como Rosângela Fernandes Freitas, tinha registro no hospital, pois
se passava por grávida.
Com os dados da suposta
paciente, a Guarda Municipal foi até o endereço da mulher, na avenida Raul
Barbosa, no bairro Aerolândia, e encontrou duas filhas dela, maiores de idade,
na casa. Elas informaram o local onde a mãe poderia estar e disseram
desconhecer a informação de que estava grávida. Afirmaram, inclusive, segundo
Heloílson, que a mãe já fez cirurgia de laqueadura. As duas jovens foram
encaminhadas para a Delegacia da Mulher para prestar depoimento, ainda que
tenham dito desconhecer o caso.
Por volta das 15h30min, a
Guarda Municipal conseguiu localizar o bebê na casa da comparsa da falsa
grávida. Maria Salete Lima Vieira, que portava a bolsa no hospital, falou que
estava cuidando da criança a pedido da amiga. Imediatamente a criança foi
levada de volta aos pais no Gonzaguinha, pois não se alimentava desde o rapto.
A cúmplice do crime foi levada para a Delegacia da Mulher. A falsa grávida está
foragida.
Família
O bebê, cujo nome é
Cristiano Almeida Machado, nasceu no sábado. A família entrou em desespero ao
perceber a ausência da criança. A mãe da criança, Cristiana Almeida Machado,
tomava banho com a ajuda de sua cunhada quando o caso aconteceu.
Heloílson pontua que esse
foi o primeiro caso de rapto que presenciou e ressaltou que situações como essa
são raras no hospital. Ele destacou a importância do cadastro feito pelo
hospital dos pacientes que dão entrada, pois foi o que possibilitou a
identificação de uma das raptoras.
Ainda não se sabe o motivo
pelo qual as mulheres raptaram a criança. O caso está sendo investigado pela
Delegacia da Mulher.
Através da assessoria de
imprensa, a Secretaria da Saúde do Município de Fortaleza afirmou que a direção
do hospital tomou todas as providências para auxiliar nas investigações. Na
segunda-feira, deve haver reunião da diretoria do Gonzaguinha para definir providências
sobre o caso.
Fonte: Tribuna do
Ceará