No mesmo período de 2015, a estatal
havia registrado prejuízo de R$ 3,8 bilhões. Perda foi provocada,
principalmente, por nova baixa no valor de ativos
A Petrobras teve prejuízo de R$ 16,458 bilhões no
terceiro trimestre de 2016, segundo balanço da companhia divulgado ontem. No
mesmo período do ano passado, a estatal havia registrado prejuízo de R$ 3,8
bilhões, com baixas contábeis e valorização do dólar. Entre abril e junho, a
empresa tinha registrado lucro de R$ 370 milhões. No acumulado do ano, o
prejuízo foi R$ 17,3 bilhões.
O motivo das perdas apresentados pela empresa no
trimestre foram baixas contábeis de R$ 15,7 bilhões, devido à queda do dólar, revisão
de premissas, o recente Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário e a
reserva de recursos com acordos judiciais nos Estados Unidos.
A receita da petroleira foi R$ 70,4 bilhões no
período e apresentou queda de 14% em relação ao mesmo periodo do ano passado
(R$ 822 bilhões). Os investimentos também caíram, chegando a R$10,3 bilhões,
menos 42,7% na comparação anual.
Outra provisão com impacto no resultado refere-se
aos acordos negociados com fundos de investimento que acionaram a empresa na Justiça
de Nova York, no valor de R$ 1,2 bilhão.
A estatal recebeu R$ 2,388 bilhões com
desinvestimentos no período e R$ 2,4 bilhões pela venda de ativos no acumulado
do ano.
“É um evento não recorrente e a Petrobras não
espera que nos próximos trimestres ocorram resultados de testes de imparidade
(baixas) dessa magnitude que aconteceram neste trimestre”, disse o diretor
financeiro da companhia, Ivan Monteiro.
Foram baixas de R$ 5,6 bilhões em campos de
petróleo, R$ 2,8 bilhões em equipamentos vinculado à atividade de produção, R$
2,5 bilhões na refinaria de Pernambuco e R$ 2 bilhões no complexo petroquímico
de Suape.
Produção
A produção total de petróleo e gás
natural da Petrobras foi de 2.869 mil barris de óleo equivalente por dia,
aumento de 2% em comparação com o segundo trimestre de 2016. A diretora de
exploração e produção, Solange Guedes, disse que foi “o melhor trimestre da
história” em termos de produção de petróleo.
Ainda de acordo com o balanço, houve recorde de
produção, dentre eles a de petróleo e gás no Brasil (2.753 mil barris por dia)
e a de petróleo e gás operada pela Petrobras na camada pré-sal (1.464 mil
barris por dia).
A produção de derivados teve queda de 3%,
totalizando 1.862 mil barris por dia. Já as vendas no mercado doméstico
atingiram 2.088 mil barris por dia, queda de 1%. (das agências de
notícias)