quinta-feira, 17 de novembro de 2016

País tem dia de forte tensão política e jurídica

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Bate-boca entre ministros do Supremo Tribunal Federal, invasão da Câmara com ato a favor do retorno dos militares ao comando do Brasil e protesto contra medidas austeras do governo do Rio contribuíram para a tensão Um clima de tensão política e jurídica tomou conta de todo o dia de ontem no País. Se por um lado dezenas de manifestantes invadiram o plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, com palavras de ordem pedindo a volta dos militares ao poder, por outro, no Rio de Janeiro, servidores protestavam contra medidas polêmicas de austeridade do governo estadual. Além das mobilizações registradas nos dois Estados, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, bateram boca durante sessão da Corte.
A tensão foi iniciada após Lewandowski afirmar que Mendes já havia votado em um processo sobre contribuição previdenciária que estava em julgamento e disse que o pedido de vista era “um pouco inusitado”. Na discussão, Mendes citou a condução do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, presidido no Senado por Lewandowski. Já o ex-presidente do STF disse que o colega faltou com o “decoro”.
O clima instável no Legislativo e Judiciário acabou gerando preocupação no Palácio do Planalto, que teme o aumento dos protestos nas últimas semanas do final do ano. A ordem, agora, é monitorar esses movimentos.
A equipe do presidente Michel Temer (PMDB) vai trabalhar para identificar a organização do protesto em Brasília. O governo federal também vai tentar “aliviar” o caixa do Rio de Janeiro para tentar apaziguar os ânimos de servidores do Estado governado pelo correligionário Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Bancada cearense
Parlamentares cearenses na Câmara condenaram a invasão ao parlamento que acabou deixando feridos após luta corporal e danos ao patrimônio da Casa. “O fascismo quer voltar a fazer história no Brasil. Foi uma manifestação que agrediu não só o parlamento, mas agrediu a democracia brasileira”, declarou o deputado federal José Guimarães (PT).

 Segundo ele, “a manifestação explícita a favor da volta dos militares é uma agressão a todos aqueles que lutaram pela democracia, pelas liberdades de uma nação democrática”.


O deputado federal Danilo Forte (PSB) também criticou a manifestação de ontem. “Ninguém pode confundir democracia com anarquia, ninguém pode misturar proposta política com vandalismo, ninguém pode querer uma democracia plena com atitudes fascistas”, afirmou o parlamentar. (com agências)

Saiba mais


O coordenador da Força-Tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, usou as redes sociais ontem para colocar em dúvida a implementação da medidas de combate à corrupção pela Câmara dos Deputados. Ele diz que possíveis manobras poderiam “mudar os Deputados da Comissão que votariam a favor das 10 Medidas contra a Corrupção”.


“Há rumores ainda de que haveria um substitutivo que desfiguraria as 10 medidas, que seria apresentado por terceiro, apesar de todo esforço do relator Onyx para manter e aperfeiçoar as propostas”, completa.

Fonte: O Povo online
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