Governo se comprometeu a
investir R$ 22 milhões nas universidades estaduais. Camilo Santana assinou
nomeação de 84 docentes da Uece. Aulas recomeçam a partir da próxima
quarta-feira
Professores e estudantes
voltarão às salas de aula na próxima quarta-feira, 26, na Universidade Estadual
do Ceará (Uece). Mais de cinco meses após o início da greve dos professores
estaduais de ensino superior, alunos terão férias mais curtas e aulas aos sábados
para ajustar calendário letivo. Suspensão da greve foi definida em assembleia
ontem.
A última oferta do
governador Camilo Santana (PT) foi de investimento de R$ 22 milhões para as
três universidades estaduais: Uece, Universidade Vale do Acaraú (UVA) e
Universidade Regional do Cariri (Urca). Assembleia na próxima terça-feira, 25,
deve avaliar fim da paralisação na UVA. A Urca não parou.
O dinheiro será aplicado
no reajuste do salário de professores substitutos e obras de infraestrutura. O
acordo entre categoria e governo inclui concurso para docentes e nomeação de 84
professores efetivos para a Uece. Nomeação foi assinada, na noite de ontem,
pelo governador e deve ser publicada no Diário Oficial da terça-feira, 25. “A
determinação é para que todos os esforços sejam feitos para garantir a
continuidade das atividades docentes e oferecer um corpo ainda mais qualificado
de professores”, escreveu o governador no Facebook.
“São compromissos
fundamentais para que a categoria não retorne à greve”, ressaltou Célio
Coutinho, presidente do Sindicato dos Docentes da Uece (Sinduece).
As aulas que serão
iniciadas quarta-feira, 26, eram previstas para o primeiro semestre deste ano.
O calendário prevê aulas até 25 de janeiro de 2017, com recesso de uma semana
em dezembro. As aulas planejadas para o segundo semestre deste ano começarão em
15 de fevereiro de 2017. “Queremos iniciar imediatamente a reposição, mas
queremos manter a qualidade. Não queremos um calendário aligeirado”, ressaltou
o presidente do Sinduece.
Cinco meses
Durante a assembleia que
pôs fim à paralisação, estudantes e professores criticaram a demora do governo
em apresentar proposta que atendesse à categoria. “Ficamos sem ter para onde
ir. Todo ano é isso e vêm mais promessas, mas a precarização continua”,
criticou o estudante de Ciências Sociais Rodrigo Holanda.
O secretário da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior, Inácio Arruda, destacou esforço do Estado. “Mesmo
em momento de grandes dificuldades, depois de cinco anos de seca, crise econômica,
conseguimos vitória muito importante para nossas universidades”.
Fonte: O Povo