Como os poucos
segundos de réplica e de tréplica podem deixar escapar números inflados e
informações imprecisas dos candidatos,
O POVO checou afirmações feitas pelos seis concorrentes à Prefeitura de Fortaleza que participaram do debate no último domingo, 4, na TV O POVO, são verdadeiras.
O POVO checou afirmações feitas pelos seis concorrentes à Prefeitura de Fortaleza que participaram do debate no último domingo, 4, na TV O POVO, são verdadeiras.
Durante o
confronto, o número de guardas municipais convocados rendeu uma discussão entre
Roberto Cláudio (PDT) e Capitão Wagner (PR). Enquanto o prefeito afirmou que
mil guardas foram chamados na sua gestão, Wagner disse que RC devia “ter
faltado à aula de matemática”, pois o número real seria cerca de 800.
De acordo com a assessoria de imprensa da Guarda
Municipal de Fortaleza e dados do Diário Oficial do Município, até agora foram
convocados 878 guardas. Outros 60 serão chamados no fim deste mês, somando 938.
Em outubro, nova
convocação estaria marcada, ainda segundo a assessoria, que fecharia nos mil. O
candidato do PR, no entanto, também lembrou que durante a campanha de 2012, RC
prometera chamar dois mil guardas. O prefeito, durante o debate, disse que
convocaria outros mil em um segundo mandato.
Saúde e cultura
Outro tema que rendeu até direito
de resposta concedido ao atual prefeito foi o convênio de Fortaleza com o
Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) para a compra de medicamentos.
Segundo Heitor Férrer (PSB), isso encarecia os remédios e não acabava com as
filas de espera.
Heitor afirmou
ainda que os únicos municípios do Estado que tinham convênio com o ISGH eram
Fortaleza e Sobral, controlados pelo mesmo grupo político, o dos Ferreira
Gomes, o que indicaria um acordo. Prefeito de Sobral, Clodoveu de Arruda (PT)
disse que a informação era incorreta e que Heitor “estava desinformado ou mal
intencionado”.
O POVO apurou
que o ISGH só mantém convênios com Fortaleza e com o Governo do Estado. No
debate, RC se defendeu das críticas afirmando que, “se fosse fácil resolver” a
demora na entrega dos medicamentos, ele “já teria resolvido”.
Capitão Wagner
também afirmou que a reforma do Teatro São José, no Centro, não havia começado.
A reportagem foi até o local, que está cercado por tapumes e foi limpo, tendo recebido equipamentos para a reforma e a restauração.
A reportagem foi até o local, que está cercado por tapumes e foi limpo, tendo recebido equipamentos para a reforma e a restauração.
A ex-prefeita Luizianne Lins (PT) falou sobre o
Centro de Especialidades Médicas José de Alencar (Cemja), que estaria fechado
deste o início da atual gestão.
A secretária de Saúde de Fortaleza, Socorro
Martins, confirmou que o espaço, no Centro, foi fechado por causa de problemas
na estrutura e que não há expectativa para início da reforma.
Socorro Martins
afirmou, no entanto, que “não existe perda” para a população, pois as
especialidades foram transferidas para outros
hospitais municipais.
hospitais municipais.
Guarda Municipal
O arredondamento do número de guardas convocados
por Roberto Cláudio rendeu mais que uma confrontação do adversário
Capitão Wagner. Antes de responder-lhe, o prefeito acusou o deputado de atacar
demais, enquanto não teria, na sua biografia, muitas realizações. Em outros
momentos, Wagner fez mais críticas à atual gestão em relação a outros temas,
como cultura e os convênios da compra de medicamentos com o ISGH.
Teatro São José
Com início da reforma e do restauromarcados para o último dia 19 de
agosto, o Teatro São José foi usado como forma de críticas ao atual governo na
gestão da área de cultura. Capitão Wagner, que afirmou que as reformas não
teriam começado, lembrou da ocupação da Secretaria da Cultura de Fortaleza
(Secultfor) feita por artistas em outubro de 2015. As primeiras etapas da
reforma, no entanto, já foram iniciadas.
Fonte: O
Povo online