Tema que tem sido motivo de polêmica em todos os debates, o uso de armas
de fogo pela Guarda Municipal de Fortaleza ainda divide a opinião das
pessoas. Segundopesquisa realizada pelo Datafolha, 71% das 816
pessoas entrevistadas defendem o uso de armas pelos guardas municipais.
O assunto também divide a opinião dos
candidatos a prefeito de Fortaleza nas eleições deste ano. Capitão Wagner (PR)
pontuou o tema nos debates. Ele é um dos que defendem o armamento
da Guarda. Além de proteger a população, o candidato acredita que a medida vai
resguardar também a vida dos agentes.
“A gente teve guarda municipal baleado
em terminal, já teve guarda municipal vítima de lesão corporal, então primeiro
proteger o agente e depois ele proteger a população. Não há como ele combater o
crime quando o bandido tá armado de fuzil, metralhadora, pistola e ele tá com
apito e uma arma de choque. Então, ele tem que ter condição de se proteger para
proteger a população”, afirma o candidato.
O candidato Tin Gomes (PHS) defende um
armamento parcial, apenas para guardas que entraram na corporação nos últimos
dois anos. “Não tem como armar os guardas municipais que estão há mais de 20
anos na guarda já com a idade avançada. Mesmo que você queira treinar esse
quadro, não tem como fazer isso. Agora, todos os guardas de dois anos para cá e
os próximos que virão, eu sou a favor de armar, treinar, como também colocar
nos postos de saúde e nas escolas, para dar melhor segurança aos equipamentos e
as pessoas que ali estão”, defende o candidato.
Heitor Férrer (PSB) e Francisco Gonzaga (PSTU) não concordam com a
Guarda Municipal utilizando armas de fogo. João Alfredo (PSOL) acredita no
desarmamento total por parte dos agentes de segurança. Luizianne Lins (PT)
também é contra o uso de armas letais pela Guarda. Já Ronaldo Martins (PRB) é a
favor do uso de armas de fogo.
O prefeito e candidato à
reeleição, Roberto Cláudio (PDT), não se manifesta. De acordo com a assessoria
de comunicação da campanha, um estudo é realizado desde o início do ano para
avaliar o desempenho e as experiências de cidade brasileiras. Somente depois
disso uma decisão deve ser tomada.
A pequisa que ouviu a opinião da
população de Fortaleza sobre o armamento da Guarda Municipal foi encomendada
pelo grupo de Comunicação O POVO e foi realizada nos dias 8 e 9 de setembro. A
margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: Tribuna do Ceará