"Creio que a escola
não deve estar desvinculada de seu tempo e momento histórico", declarou o
reitor em nota do site
Fundado em 1837, o
Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, é considerado uma das instituições mais
tradicionais da rede pública de ensino do País. Mostrando sua capacidade de
modernização, o colégio resolveu abolir a distinção entre uniformes femininos e
masculinos. Assim, os milhares de alunos poderão decidir se usarão saias ou
calças. Outra medida foi a permissão oficial do uso de traje da Educação Física
no verão.
O objetivo da mudança é
“manter a igualdade, a identidade e a diversidade de seu corpo discente”, como
afirma postagem oficial no site do colégio. A medida atende aos parâmetros da
Resolução nº 12 do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos
Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT).
A nota expõe ainda que ao
longo de dois anos, muitos alunos lutaram por esse resultado organizando
movimentos em diversos campi. O reitor Oscar Halac defende a medida afirmando
que com ela, o colégio busca ajudar seus alunos e evitar sofrimentos de
identificação de gênero. “Creio que a escola não deve estar desvinculada de seu
tempo e momento histórico. A tradição não importa em anacronia, mas pode e deve
significar nossa capacidade de evoluir e de inovar”, afirma o reitor. Desde
maio deste ano, o colégio permite que a chamada seja feita com o nome social do
aluno.
Fonte: O Povo