Para 73% dos fortalezenses entrevistados na pesquisa O
POVO/Datafolha, fechar mais cedo locais que vendem bebidas alcoólicas
contribuiria para reduzir a violência na Cidade Para 89% dos fortalezenses, o consumo
de bebida alcoólica contribui para o aumento da violência na Capital. Maioria
apontou ainda que, se estabelecimentos que vendem bebida alcoólica fechassem
mais cedo, haveria redução nos índices de criminalidade. Os dados são da
pesquisa O POVO/Datafolha, realizada nos dias 22 e 23 deste mês.
Do total de entrevistados, 73% disseram considerar
que a regulação do horário de venda de bebidas traria mais segurança para a
Cidade. Há 53% que acham que a regulação contribuiria muito para reduzir a
violência, enquanto 20% dizem acreditar que contribuiria um pouco. Já 26% da
população disse que não enxergar a mesma relação entre criminalidade e horário
de funcionamento dos comércios. Os que preferiram não opinar somam 1%.
Proposta do vereador José Maria Pontes causou
polêmica em 2008 ao tratar o assunto. O projeto de lei, votado pela Câmara
Municipal, limitava a comercialização de bebidas alcoólicas de segunda a
quinta-feira até meia-noite. Aos sábados, domingos e vésperas de feriados, a
permissão valia até uma hora da manhã. A proposta proibia venda de bebidas em
espaços públicos, como calçadas, praças e no entorno de casas de show.
A limitação do
horário na Capital é mais defendida na pesquisa O POVO/Datafolha principalmente
por mulheres (76%). Os mais velhos, com idade superior a 60 anos, são os que
mais apoiam a medida. Entre os mais céticos com a medida estão pessoas com
rendimento acima de cinco salários mínimos e com ensino superior.
Índices de
violência
A pesquisa questionou também a
relação entre criminalidade e venda de bebida alcoólica em bairros com índices
elevados de violência. Do total de entrevistados, 76% acredita que fechar esses
estabelecimentos em bairros com maiores índices de criminalidade iria
contribuir com a redução da violência na Cidade — 58% acham que contribuiria
muito e 18% que contribuiria um pouco. Para 23%, não há relação entre as ações;
1% não opinou.
O questionário foi aplicado a 864 eleitores, de 16
anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, para mais
ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no
Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número CE-02799/2016. (Igor Cavalcante)
Fonte: O Povo