segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Casos de leucemia infantil podem ter relação com má alimentação, diz hematologista

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Certamente você já viu alguma campanha de financiamento coletivo ou simplesmente para doação de sangue para alguém que esteja com leucemia. O fato é que, nos últimos tempos houve um grande aumento de campanhas pedindo doações para tratamento desta doença no Ceará.
Considerada uma doença maligna, a leucemia é um tipo de câncer onde as células da medula óssea que produzem o sangue, chamadas células precursoras ou pruripotentes, se multiplicam de forma desordenada impedindo assim que o sangue seja produzido normalmente.
As causas da leucemia comumente são desconhecidas, mas fatores ambientais e o uso de alguns produtos químicos, como tintas, solventes, querosene, tratamentos quimioterápicas prévios ou de radioterapia, podem alterar o DNA das células e levar ao aparecimento da doença.
Além desses fatores, a alimentação diária pode contribuir bastante para o aparecimento da doença. Para a Hematologista da Unimed Fortaleza, Diana Jorge Pires, o grande número de crianças e jovens com leucemia pode  estar relacionado a má alimentação.
“A ingestão de alimentos cada vez mais industrializados, o uso de materiais plásticos em embalagens e os poluentes químicos podem ser fatores relacionados à doença, já que sabemos que são potencialmente cancerígenos”, explicou. 
Mas apesar dos possíveis fatores que contribuem para o aparecimento da doença, ainda não há registro oficial do aumento no número de casos de leucemia.
“Essas campanhas se devem a globalização com uso das mídias sociais, onde a sociedade vem entendendo sua importância ao ser solidária com o sofrimento do próximo. Acho que isso também se deve ao não cumprimento do papel do governo que não oferece leitos suficientes para tratamento da doença no Brasil e, notadamente, no Ceará”, destacou a médica.
Tratamento
O paciente diagnosticado com leucemia necessita urgentemente de auxílios médicos. Devido à sua gravidade o tratamento da leucemia é feito com quimioterapia e, em alguns casos, a única forma curativa da doença é com transplante de medula óssea.
Segundo a hematologista, esses procedimentos são fundamentais. “As transfusões de sangue são importantes na fase de quimioterapia aplasiante (quando a medula está sofrendo um processo de “limpeza” das células doentes para se recuperar com células boas que vão voltar a produzir o sangue normalmente)”, afirmou Diana.
Durante esse período, assim como no diagnóstico, o paciente também tem anemia, por causa da queda dos glóbulos vermelhos. Ainda conforme a especialista, isso pode acarretar em riscos graves à saúde do paciente.
“As consequências da leucemia são bem graves. Há um risco de sangramento e de infecção (leucócitos ou glóbulos brancos baixos). O paciente pode precisar de transfusão de hemácias diariamente para evitar sintomas importantes de anemia, como fraqueza, tonturas e desmaio. Esse período dura em média 20 a 30 dias”, concluiu.

Fonte: Tribuna do Ceará
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