Certamente você já viu alguma campanha de financiamento coletivo ou
simplesmente para doação de sangue para alguém que esteja com leucemia. O fato
é que, nos últimos tempos houve um grande aumento de campanhas pedindo doações
para tratamento desta doença no Ceará.
Considerada uma doença maligna, a
leucemia é um tipo de câncer onde as células da medula óssea que produzem o
sangue, chamadas células precursoras ou pruripotentes, se multiplicam de forma
desordenada impedindo assim que o sangue seja produzido normalmente.
As causas da leucemia comumente são
desconhecidas, mas fatores ambientais e o uso de alguns produtos químicos, como
tintas, solventes, querosene, tratamentos quimioterápicas prévios ou de
radioterapia, podem alterar o DNA das células e levar ao aparecimento da
doença.
Além desses fatores, a alimentação
diária pode contribuir bastante para o aparecimento da doença. Para a
Hematologista da Unimed Fortaleza, Diana Jorge Pires, o grande número de
crianças e jovens com leucemia pode estar relacionado a má alimentação.
“A ingestão de alimentos cada vez mais
industrializados, o uso de materiais plásticos em embalagens e os poluentes
químicos podem ser fatores relacionados à doença, já que sabemos que são
potencialmente cancerígenos”, explicou.
Mas apesar dos possíveis fatores que contribuem para o aparecimento da
doença, ainda não há registro oficial do aumento no número de casos de
leucemia.
“Essas campanhas se devem a
globalização com uso das mídias sociais, onde a sociedade vem entendendo sua
importância ao ser solidária com o sofrimento do próximo. Acho que isso também
se deve ao não cumprimento do papel do governo que não oferece leitos
suficientes para tratamento da doença no Brasil e, notadamente, no Ceará”,
destacou a médica.
Tratamento
O paciente diagnosticado com leucemia
necessita urgentemente de auxílios médicos. Devido à sua gravidade o
tratamento da leucemia é feito com quimioterapia e, em alguns casos, a única
forma curativa da doença é com transplante de medula óssea.
Segundo a hematologista, esses
procedimentos são fundamentais. “As transfusões de sangue são importantes na
fase de quimioterapia aplasiante (quando a medula está sofrendo um processo de
“limpeza” das células doentes para se recuperar com células boas que vão voltar
a produzir o sangue normalmente)”, afirmou Diana.
Durante esse período, assim como no
diagnóstico, o paciente também tem anemia, por causa da queda dos glóbulos
vermelhos. Ainda conforme a especialista, isso pode acarretar em riscos graves
à saúde do paciente.
“As consequências da leucemia são bem
graves. Há um risco de sangramento e de infecção (leucócitos ou glóbulos
brancos baixos). O paciente pode precisar de transfusão de hemácias diariamente
para evitar sintomas importantes de anemia, como fraqueza, tonturas e desmaio.
Esse período dura em média 20 a 30 dias”, concluiu.
Fonte: Tribuna do Ceará