O Ceará completou em
junho o décimo mês seguido de redução no número de empregos formais e acumula
48.922 postos de trabalho fechados em 12 meses. Mesmo com a redução que afeta
todo o país, algumas cidades do estado tiveram aumento na oferta de emprego no
período.
Santa Quitéria teve
aumento de 5,85% no número de vagas de trabalho em junho, o melhor desempenho
no estado no período, além de crescimento de 4,87% nos últimos 12 meses. Granja
(3,07%), Brejo Santo (2,93%), Morada Nova (2,26%) e Viçosa do Ceará (2,13%)
também tiveram aumento.
São Gonçalo do Amarante
teve a maior redução, com queda de -5,85% no número de postos de trabalho. A
cidade na Grande Fortaleza aparece seguida de Amontada (-3,35%), Caucaia
(-2,53%), Ubajara (-1,85%%) e Ipueiras (-1,58%). Em Fortaleza, a queda foi de
-0,17%.
Levantamento obtido pelo
G1 com o Ministério do Trabalho mostra que, de janeiro a junho deste ano, o
saldo positivo de vagas formais está se restringindo às faixas etárias até 24
anos.
Em outro levantamento, em
relação à faixa salarial, o saldo positivo de vagas formais está se restringindo
a quem ganha até um salário mínimo.
Segundo o Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged), nos seis primeiros meses do ano, um
total de 531.765 vagas foi fechado. Apenas no mês de junho, as demissões
superaram as contratações em 91.032 vagas formais.
Mas dentro das faixas
salariais de até 24 anos, foram criadas 186.528 vagas. Na faixa até os 17 foram
100.672 vagas geradas, e na dos 18 aos 24, foram 85.856 postos de trabalho.
Já as faixas etárias que
mais fecharam vagas em 2014 foram dos 30 aos 39 anos e dos 50 aos 64 anos. Em
ambas, o total de vagas fechadas foi de 420.505 vagas (veja na tabela).
Setores
Segundo Dedecca, sem
dúvida o setor que mais contratou jovens foi o de serviços, englobando
principalmente telemarketing, além do comércio, especificamente vendas em
lojas.
“Segmentos com perfil
jovem contratam só os jovens, como o de telemarketing, e é neles que os mais
novos levam vantagem sobre os mais velhos na contratação”, diz Dedecca.
Para Santos,
provavelmente essas vagas abertas vêm de setores com maior rotatividade de mão
de obra, como comércio e serviços. “O emprego na indústria caiu muito. No setor
privado como um todo caiu. O que cresce é emprego no setor de serviços. O
trabalho por conta própria também cresceu, e não é o jovem que faz isso, é quem
tem mais idade”.
O G1 solicitou ao
Ministério do Trabalho os principais setores que abriram vagas para as faixas
etárias com saldo positivo de vagas e aguarda resposta.