A
tentativa de acessar unidades prisionais do Ceará com aparelhos telefônicos tem
ficado cada vez mais recorrente. Somente nos últimos quatro meses, mais de
2 mil celulares foram apreendidos em presídios do estado.
O caso mais
recente aconteceu nesta segunda-feira (8). Pelo menos 198 aparelhos foram
resgatados por agentes penitenciários no Instituto Penal Professor Olavo
Oliveira II (IPPOO II), em Itaitinga, Região Metropolitana de Fortaleza, após
uma vistoria de rotina. Além dos celulares, 79 baterias e 205 chips também
foram encontrados.
O caso recente
no IPPOO II acontece um dia depois de uma mulher ser detida ao tentar entrar
com 164 celulares na Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima (CPPL 1),
em Itaitinga, utilizando uma barriga falsa.
A
Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) informou que a vistoria
feita nesta segunda-feira faz parte das fiscalizações periódicas realizadas nas
unidades prisionais do Ceará que tem o objetivo de coibir o uso de ilícitos por
parte dos presidiários.
Após rebeliões
Mesmo com as
ações efetivas dos agentes penitenciários e da Sejus de tentar coibir a entrada
de aparelhos, o caso não é recente. Nos últimos meses de maio e junho, período
de maior registro de rebeliões nos presídios do estado, mais de 1,2 mil
celulares foram resgatados. Em junho, durante uma única vistoria, cerca de 230 celulares foram apreendidos na
Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor José Jucá Neto (CPPL III),
em Itaitinga.
Em julho,
outros 450 celulares também foram resgatados pelos agentes penitenciários após
vistorias de rotina das nas unidades.
Lei dos bloqueadores
No Ceará, um
projeto de lei de autoria do Governador Camilo Santana (PT) tenta evitar a
entrada desses dispositivos em presídios através do bloqueio de sinal. Apesar
disso, a lei ainda não está em vigor e aguarda uma regulamentação, que já está
sendo feita pela Secretaria de Justiça do Ceará (Sejus). A medida tenta impedir
que criminosos dentro de presídios continuem realizando crimes e ordenando
ações criminosas por meio de telefones celulares.
Em resposta a
um possível bloqueio de sinal, diversos ataques e ameaças foram feitas por
criminosos. Após a aprovação do projeto de lei, várias delegacias de Fortaleza
foram atacadas.
Fonte: Tribuna do Ceará