O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos e Similares do Estado do Ceará (Sintect-CE), Luís Santiago, defende que o atraso na entrega das correspondências não é culpa dos carteiros nem dos atendentes comerciais das agências, mas sim uma consequência do processo de sucateamento dos Correios.
Ele afirma que o déficit de profissionais também prejudica a qualidade do serviço. Para suprir a demanda atual, seriam necessários pelo menos 300 carteiros e outras 100 profissionais na manipulação de carga. Em todo o Ceará, são 200 agências dos Correios. De acordo com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, atualmente, 2.828 empregados concursados trabalham no Estado.
Em todo o estado, conforme o assessor jurídico do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon), Ismael Braz, foram registradas 43 reclamações contra os Correios em 2015 e outras 40 neste ano de 2016. Na capital cearense, o Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon), informou que foram registradas apenas 17 denúncias sobre os Correios em 2016. O órgão orienta que o consumidor procure realizar formalmente as reclamações para que o Procon possa apurar devidamente as denúncias e, caso seja necessário, aplicar penalidades administrativas.
(com informações Diário do Nordeste)