Na terceira fase
da limpeza do rio Cocó, foram retiradas aproximadamente 340 toneladas de lixo,
resíduos sólidos e macrófitas aquáticas, vegetação que se desenvolve em
decorrência da poluição. Os resíduos cobriam o espelho d’água no trecho
compreendido entre o canal do São João do Tauape (Lagamar) e o rio Cocó, às margens
da avenida Raul Barbosa. A ação ocorre desde junho e deve se estender até
novembro, de acordo com Artur Bruno (PT), titular da Secretaria do Meio
Ambiente do Estado (Sema).
A atual frente de
limpeza se concentra em outra parte do canal, nas proximidades da Escola
Ambiental Doutora Francisca Canito da Frota. Segundo Leonardo Borralho,
assessor de projetos especiais da Sema, até o fim da ação, todos os detritos
serão removidos e os resíduos sólidos serão jogados em um aterro sanitário. Os
próximos trechos limpos serão da avenida Murilo Borges até a BR-116 e,
posteriormente, da BR-116 até a foz do manancial.
A limpeza faz
parte das ações de compensação pelas obras de dois viadutos e uma rotatória no
cruzamento das avenidas Raul Barbosa e Murilo Borges. Para viabilizar a
operação, houve necessidade de retirar parte do mangue da região. Ainda em
contrapartida, 726 árvores serão plantadas nas proximidades do local.
De acordo com
Samuel Dias, titular da Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf), até o
fim de agosto, o fluxo nos dois viadutos será liberado. O término da rotatório
está previsto para o fim de outubro.
O POVO esteve na
Comunidade Padre Cícero, próximo ao local que recebeu os serviços de limpeza.
Apesar da retirada de grande parte da vegetação e do lixo, o rio contém
vestígios de resíduos sólidos, como sacos plásticos e garrafas PET. Segundo
Artur Bruno, será realizada ação de conscientização na comunidade. A dona de
casa Rocilda Martins, 69, diz que a quantidade de mosquitos diminuiu muito e o
ambiente está melhor. Para ela, não tem mais perigo de
entrar água nas casas.
entrar água nas casas.
“Estamos tentando uma parceria com a Prefeitura
para viabilizar a navegação no Adahil Barreto, para conectá-lo ao Parque do
Cocó. Temos um sonho, mas não há um projeto ainda”, afirma Borralho. Segundo
ele, outro projeto já está em andamento com o objetivo de realizar navegação
fluvial para fim de monitoramento e fiscalização da BR-116 até a foz do Cocó.
Fonte: O Povo online