São Paulo - O WhatsApp chamou
de indiscriminado o bloqueio imposto pelaJustiça do
Rio de Janeiro ao aplicativo. A suspensão do aplicativo de troca de mensagens
será feita como punição à empresa, que não teria colaborado com uma
investigação.
O WhatsApp enviou a EXAME.com seu posicionamento
oficial. "Nos últimos meses, pessoas de todo o Brasil rejeitaram bloqueios
judiciais de serviços como o WhatsApp. Passos indiscriminados como estes
ameaçam a capacidade das pessoas para se comunicar, para administrar seus
negócios e viver suas vidas. Como já dissemos no passado, não podemos
compartilhar informações às quais não temos acesso. Esperamos ver este bloqueio
suspenso assim que possível.”
Em sua conta do Facebook, Jon Koum (um dos
fundadores do app) também falou sobre o assunto. Veja abaixo o pronunciamento,
na íntegra e traduzido de Koum.
"Estamos trabalhando para trazer o WhatsApp de
volta ao Brasil. É chocante que somente dois meses depois que a população
brasileira e especialistas em direito rejeitaram com veemência o bloqueio de
serviços como o WhatsApp, a história se repita. Como antes, milhões de pessoas
estão sem contato com seus amigos, amados, clientes e colegas, simplesmente
porque estão nos pedindo informações que não temos."
A decisão de bloqueio do WhatsApp veio a público na
manhã desta terça-feira. Na decisão, à qual EXAME.com teve acesso, a
juíza Daniela Barbosa Assunção de Souza dá pena de 50 mil reais por dia
para as operadoras que não obedecerem a suspensão.
A juíza afirma que o WhatsApp tratou a Justiça
brasileira com desrespeito ao responder à demandas em inglês como se o país
fosse uma "republiqueta".
Fonte: Exame