Uma médica veterinária entrou em uma polêmica, quando optou tratar um
cachorro com leishmaniose visceral, conhecida como calazar.
A norma determina o sacrifício de animais com a doença. A polêmica gerou
um julgamento, e Ana Karinne Paiva, na tarde desta segunda-feira (18), foi
condenada pela atitude.
Ela foi
julgada quando decidiu tratar um cachorro da raça chow-chow em Beberibe.
Além de Ana Karinne, sua colega de profissão Fátima Ferreira também foi
condenada, pois se recusou a sacrificar um rottweiler em 2014.
O Conselho
Regional de Medicina Veterinária do Estado do Ceará (CRMV-CE) suspendeu por 60
dias o exercício da profissão das duas profissionais. Após a decisão, Anna
Karinne, com o apoio de advogados e ativistas, fez um desabafo filmado e
disponibilizado pela Associação Viva Bicho.
“Estou me sentindo
muito injustiçada, porque eu tenho a consciência tranquila que não fiz nada de
errado e que eu só procuro fazer o bem para todo mundo, ajudar todo mundo, os
mais necessitados, animais carentes. Eu preciso do meu trabalho, é a coisa que
eu faço na vida que mais gosto, meu trabalho sempre está acima de tudo”, disse
a profissional emocionada.
Há seis anos,
Ana Karinne atua na área. Ela é conhecida em Fortaleza por fazer castrações a
preços populares e atuar em ONG’s e grupos de defesa dos animais.
Doença
A leishmaniose
visceral é uma doença transmitida pelo mosquito-palha que, ao picar, introduz
na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi. A doença não é
contagiosa, nem pode ser transmitida diretamente de uma pessoa a outra ou de um
animal para outro, nem dos animais para o homem. A transmissão ocorre apenas
através da picada do mosquito fêmea infectado. Os cães estão entre as
principais fontes de infecção. A higiene das residências, das ruas e dos
animais é um das principais formas de se evitar a proliferação dos insetos e
consequentemente a transmissão do calazar. Os casos de leishmaniose devem ser
informados obrigatoriamente ao serviço oficial de saúde.
Fonte: Tribuna do
Ceará