terça-feira, 12 de julho de 2016

Posse de novos conselheiros de educação é marcada por protesto

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O ministro da Educação, Mendonça Filho, deu posse ontem a 12 conselheiros do Conselho Nacional de Educação (CNE). O órgão tem a função de formular e avaliar a política nacional de educação. Ao discursar na posse, Mendonça Filho citou como prioridade para a educação no País a política de formação de professores, a redução do analfabetismo, a reforma do ensino médio e a ampliação do número de escolas em tempo integral.


“Para que tudo isso possa acontecer e o Brasil possa dar a volta por cima e fazer de fato um avanço significativo na área da educação, precisamos contar com atores relevantes como educadores, gestores, pesquisadores, estudantes e servidores da área de educação. Evidentemente o CNE tem uma relevância e tem, com certeza, uma colaboração a oferecer nesse debate das políticas públicas nacionais”, disse o ministro.


Durante a cerimônia, houve um protesto de um grupo que pedia a “nomeação dos conselheiros legítimos”, em referência à revogação pelo presidente interino Michel Temer das nomeações para as vagas feitas um dia antes do afastamento da presidente Dilma Rousseff. Posteriormente, Temer nomeou os 12 conselheiros para o CNE, sendo mantido seis nomes indicados por Dilma. O protesto ocorreu durante a leitura do termo de posse de conselheiros, quando nove pessoas que estavam no auditório ficaram de pé segurando cartazes com a frase “Golpistas: pela posse dos legítimos conselheiros do CNE”, além de gritaram palavras de ordem como “esse conselho não me representa” e “golpistas”. Um grupo de cerca de dez pessoas também permaneceu em protesto em frente ao prédio do CNE.


Sem citar a manifestação durante o discurso, o ministro disse que sua gestão no ministério é aberta ao diálogo e tem recebido representantes das diversas áreas da educação brasileira. Disse ainda que respeita a diversidade de opiniões e chamou a todos para se unirem na busca da qualidade da educação.


“Espero ser respeitado dentro da minha autoridade e responsabilidade como ministro da Educação. Em nome de uma boa educação, conclamo a todos uma união em favor de um Brasil que foque a educação como um instrumento de transformação social”, disse.


Foram empossados para a Câmara de Educação Básica José Francisco Soares, Nilma Santos Fontanive, Suely Melo de Castro Menezes, Eduardo Deschamps, Alessio Costa Lima e Gersem Luciano. Foi mantida a recondução de Rafael Ramacciotti. Para a Câmara de Educação Superior foram nomeados Antônio Araújo Freitas Júnior, Antônio Carbonari Netto, Francisco de Sá Barreto, Luiz Roberto Curi e José Loureiro Lopes.


O presidente do CNE, Gilberto Garcia, disse que o conselho contribuirá para “a construção da pauta da educação brasileira num momento de necessidade de convergência para o bem da educação”. Ele lembrou que no biênio 2014/2016 o conselho trabalhou com a educação básica como tema prioritário e, na reunião de agosto, será escolhido o tema para o biênio 2016/2018. Tanto os nomes que foram escolhidos por Dilma e mantidos quanto os selecionados por Temer fazem parte da lista de indicados por 39 entidades que atuam na área educacional.

Fonte: O Povo online
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